SÍNTESE : O objetivo
principal do Evangelho de Mateus é mostrar que Jesus é o Messias que foi
anunciado pelos profetas no Antigo Testamento. “Livro da geração de Jesus
Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão.”
A GENEALOGIA
DE JESUS, 1.1-17
1.
Quem foi Jesus (1.1)
Como pode ser observado na introdução, Mateus escreveu o
seu Evangelho especificamente para os judeus. Portanto, é muito natural que ele
devesse começar pela genealogia. Particularmente após o cativeiro na Babilônia,
os judeus passaram a dar muita ênfase sobre os devidos registros genealógicos.
Isso é realçado na longa lista de gerações nos primeiros nove capítulos do
primeiro livro de Crônicas. O livro de Neemias conta como alguns levitas foram
retirados do sacerdócio porque não puderam indicar as suas genealogias (Ne 7.63-65).
Obviamente, Jesus não poderia ser aceito como o Messias, a não ser que pudesse
haver uma comprovação por meio de registros genealógicos de que Ele era o filho
de Davi, pois os judeus acreditavam que o seu Messias viria da linhagem real do
maior dos reis de Israel, e que nasceria em Belém, a cidade natal de Davi (veja
2.4-6).
Jesus foi primeiramente identificado como Cristo. Esse
termo vem da palavra grega christos, que é o equivalente do hebraico mashiah
(Messias). As duas palavras significam "o consagrado" ou "o
ungido". Jesus é o equivalente do hebraico yehoshua (Josué)
na sua forma posterior yeshua. A palavra significa "Jeová irá
salvar". Dessa forma, a Pessoa Suprema deste Evangelho de Mateus é
identificada como o Salvador-Messias. Mas na época em que foi escrito o
Evangelho de Mateus, Jesus Cristo passou a ser usado como um nome próprio.
SEGUNDA – Mt 1.1- Jesus é da
descendência davídica.
1.1 Registro dos ancestrais de Jesus, o
Messias. Os dezessete
primeiros versículos do Evangelho de Mateus apresentam os ancestrais de Jesus.
Como a linhagem de uma família servia para provar que ela pertencia ao povo
escolhido de Deus, Mateus começou mostrando que Jesus era descendente (ou
"filho'') de Davi, que era descendente de Abraão (versão NTLH),
cumprindo assim as profecias do Antigo Testamento sobre a linhagem do Messias
(a expressão "pai de" também pode significar "ancestral
de"). Mateus traçou a genealogia de Jesus até Abraão, através de José.
Essa genealogia comprova a linhagem legal (ou real) de Jesus através de José, que era descendente do rei Davi
(veja também 2 Sm 7.16; Is 9.6,7; Ap 22.16).
TERÇA – Mt 1.2 - A
genealogia de Jesus começa por Abraão.
1.2 Abraão gerou a ("era o pai de") lsaque. A frase "era o
pai de" também pode significar "era o ancestral de". Dessa
forma, não havia necessidade de haver um relacionamento direto entre o pai e o
filho entre rodos aqueles que estavam relacionados numa genealogia. Na
antiguidade, as genealogias eram muitas vezes arranjadas de forma a ajudar a
memorização. Assim, Mateus registrou sua genealogia através de três conjuntos
de quatorze gerações (veja 1.17). Abraão foi chamado por Deus, recebeu as
promessas da aliança, e creu que Deus iria manter as
suas promessas (Gn
15.6). Sua história é contada em
Gênesis 11-25. Abraão gerou a /saque.
Abraão e Sara queriam saber se Deus lhes enviaria o filho
prometido; mas Deus sempre cumpre as
suas promessas. Veja Gênesis 21-22.
QUARTA – Mt 1.16 - A descendência davídica de Jesus é
herdada por meio de seu pai terreno, José.
1.16 A linhagem real continuou através de José que,
embora não fosse o pai de Jesus, era o marido de Maria, da qual nasceu
Jesus, que se chama o Cristo. Mateus havia terminado seu objetivo de
relacionar essa genealogia para mostrar, sem qualquer dúvida, que Jesus era
descendente de Davi e que, dessa forma, estava cumprindo as promessas de Deus.
QUINTA – Mt 5.17- Jesus veio
para cumprir a Lei e os profetas.
5.17 Jesus não veio como um rabino trazendo um ensino
recém elaborado, Ele veio como o prometido Messias com uma mensagem que fora
transmitida desde o início dos séculos. "Não cuideis que vim destruir a
lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir". Jesus completa e
transcende a lei. A lei do Antigo Testamento não foi rescindida e deve ser
agora interpretada e reaplicada à luz de Jesus. Deus não mudou de idéia e a
vinda de Jesus fazia parte do plano de Deus para a Criação (veja Gênesis 3.15)
SEXTA - Mt 16.18 - Mateus é
o único dos evangelistas que menciona a Igreja.
16.18
O nome Pedro já tinha sido dado
a Simão quando Jesus o encontrou pela primeira vez ( Jo 1.42). Aqui Jesus deu
ao nome um novo significado. Jesus disse: "Tu és Pedro lpetros em
grego] e sobre esta pedra lpetra em grego] edificarei a minha
igreja". Embora seja evidente o jogo de palavras, a que se refere esta
pedra? A "pedrà' sobre a qual Jesus edificará a sua igreja foi
identificada de quatro maneiras principais:
1. O próprio Senhor Jesus, como o
arquiteto divino da nossa fé, e Ele mesmo como a pedra fundamental. Mas alguns
pensam que esta verdade não parece ser o que se quer dizer aqui. Eles entendem
que o foco estava em Pedro.
2.
Pedro, como o supremo líder, ou primeiro "bispo" da igreja, uma
versão incentivada por estudiosos católicos
romanos. Esta versão dá autoridade à hierarquia da sua igreja e considera Pedro
e cada um de seus sucessores como o supremo pontífice da igreja. Não há menção
a sucessão nestes versículos, entretanto, e embora a igreja primitiva
expressasse grande consideração por Pedro, não há evidências de que eles o considerassem como a autoridade mais elevada.
3. A confissão de fé que Pedro fez, e
que todos os verdadeiros crentes subseqüentes também fazem. Esta visão foi
apresentada por Lutero e pelos reformadores como uma reação à segunda visão, expressa acima.
4. Pedro como o líder das
discípulos. Da mesma maneira como Pedro revelou a verdadeira identidade de
Cristo, o Senhor também revelou a identidade e o papel de Pedro.
Embora
a sucessão apostólica não possa ser encontrada neste contexto, nem nas
epístolas, o papel de Pedro como um líder e porta-voz da igreja não deve ser
desconsiderado. Pedro recebeu a revelação do discernimento e da fé a respeito da identidade de Cristo, e foi o primeiro
a confessar a Cristo.
SÁBADO – Mt 28.18-20 - A
Igreja é chamada para cumprir as ordenanças de Jesus.
28.18-20 Quando alguém está
morrendo ou nos deixando, nós prestamos atenção às suas últimas palavras. Jesus
deixou os discípulos com algumas últimas palavras de instrução. Deus deu a Jesus
todo o poder sobre o céu e a terra. Com base neste poder, Jesus disse
aos seus discípulos ide e fazei discípulos (versão RA), pregando,
batizando e ensinando. "Fazer discípulos" significa educar novos
crentes sobre como seguir a Jesus, submeter-se à soberania de Jesus e assumir a
sua missão de serviço misericordioso. Batizar é importante porque une o
crente a Jesus Cristo em sua morte para o pecado, e em sua ressurreição para
uma nova vida. O batismo simboliza a submissão a Cristo, a disposição para
viver segundo a vontade de Deus, e a identificação com o povo da aliança de
Deus. Batizar em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo é um gesto que
afirma a realidade da Trindade, o conceito que veio diretamente do próprio
Senhor Jesus. Ele não disse para batizar "nos nomes", mas "em
nome" do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Embora em missões
anteriores Jesus tivesse enviado os discípulos somente aos judeus (10.5,6), a
sua missão a partir de então seria a todas as nações. Isto é chamado de
Grande Comissão. Os discípulos tinham
sido bem treinados, e tinham visto o Senhor ressuscitado. Eles estavam preparados
para ensinar as pessoas de todo o mundo a guardar todas as coisas que
Jesus tinha mandado. Isto também mostrava aos discípulos que haveria um
período entre a ressurreição de Jesus e a sua segunda vinda. Durante este
período, os seguidores de Jesus tinham uma missão a cumprir - evangelizar,
batizar e ensinar as pessoas a respeito de Jesus para que elas, por sua vez,
pudessem fazer a mesma coisa. As boas novas do Evangelho deveriam ser
transmitidas a todas as nações.
Com este mesmo poder e autoridade, Jesus ainda nos ordena
que contemos a outros sobre as boas-novas, e os façamos discípulos do reino.
Nós devemos ir - seja à porta ao lado ou a outro país - e fazer discípulos.
Esta não é uma opção, mas um
mandamento a todos os que chamam Jesus de "Senhor". Quando
obedecermos, sentiremos conforto sabendo que Jesus está conosco todos os
dias. Isto irá acontecer por meio da presença do Espírito Santo na vida dos
crentes. O Espírito Santo será a presença de Jesus que nunca os deixará (Jo
14.26; At 1.4,5). Jesus continua a estar conosco hoje, por meio do seu
Espírito. Da mesma maneira como este Evangelho se iniciou, ele termina -
Emanuel, "Deus conosco"
(1.23).
As profecias do Antigo Testamento e as genealogias do livro de Mateus apresentam as credenciais de Jesus que o
qualificam para ser o Rei do mundo - não um líder militar ou político, como os
discípulos originalmente tinham esperado, mas o Rei espiritual que pode
derrotar todo o mal e governar no coração de cada pessoa. Se nos recusarmos a
servir fielmente ao Rei, seremos súditos desleais. Precisamos fazer de Jesus o
Rei da nossa vida, e adorá-lo como nosso Salvador,Rei e Senhor.
EXTRAÍDO
DOS LIVROS:
COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON.
COMENTÁRIO DO NOVO
TESTAMENTO APLICAÇÃO PESSOAL.
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