CLASSE DE JOVENS- 1º TRI-2018-LIÇÃO 01.


SÍNTESE : O objetivo principal do Evangelho de Mateus é mostrar que Jesus é o Messias que foi anunciado pelos profetas no Antigo Testamento. “Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão.”
A GENEALOGIA DE JESUS, 1.1-17

1. Quem foi Jesus (1.1)
Como pode ser observado na introdução, Mateus escreveu o seu Evangelho especificamente para os judeus. Portanto, é muito natural que ele devesse começar pela genealogia. Particularmente após o cativeiro na Babilônia, os judeus passaram a dar muita ênfase sobre os devidos registros genealógicos. Isso é realçado na longa lista de gerações nos primeiros nove capítulos do primeiro livro de Crônicas. O livro de Neemias conta como alguns levitas foram retirados do sacerdócio porque não puderam indicar as suas genealogias (Ne 7.63-65). Obviamente, Jesus não poderia ser aceito como o Messias, a não ser que pudesse haver uma comprovação por meio de registros genealógicos de que Ele era o filho de Davi, pois os judeus acreditavam que o seu Messias viria da linhagem real do maior dos reis de Israel, e que nasceria em Belém, a cidade natal de Davi (veja 2.4-6).
Jesus foi primeiramente identificado como Cristo. Esse termo vem da palavra grega christos, que é o equivalente do hebraico mashiah (Messias). As duas palavras significam "o consagrado" ou "o ungido". Jesus é o equivalente do hebraico yehoshua (Josué) na sua forma posterior yeshua. A palavra significa "Jeová irá salvar". Dessa forma, a Pessoa Suprema deste Evangelho de Mateus é identificada como o Salvador-Messias. Mas na época em que foi escrito o Evangelho de Mateus, Jesus Cristo passou a ser usado como um nome próprio.

SEGUNDA – Mt 1.1- Jesus é da descendência davídica.
1.1 Registro dos ancestrais de Jesus, o Messias. Os dezessete primeiros versículos do Evangelho de Mateus apresentam os ancestrais de Jesus. Como a linhagem de uma família servia para provar que ela pertencia ao povo escolhido de Deus, Mateus começou mostrando que Jesus era descendente (ou "filho'') de Davi, que era descendente de Abraão (versão NTLH), cumprindo assim as profecias do Antigo Testamento sobre a linhagem do Messias (a expressão "pai de" também pode significar "ancestral de"). Mateus traçou a genealogia de Jesus até Abraão, através de José. Essa genealogia comprova a linhagem legal (ou real) de Jesus através de José, que era descendente do rei Davi (veja também 2 Sm 7.16; Is 9.6,7; Ap 22.16).



TERÇA – Mt 1.2 - A genealogia de Jesus começa por Abraão.
1.2 Abraão gerou a ("era o pai de") lsaque. A frase "era o pai de" também pode significar "era o ancestral de". Dessa forma, não havia necessidade de haver um relacionamento direto entre o pai e o filho entre rodos aqueles que estavam relacionados numa genealogia. Na antiguidade, as genealogias eram muitas vezes arranjadas de forma a ajudar a memorização. Assim, Mateus registrou sua genealogia através de três conjuntos de quatorze gerações (veja 1.17). Abraão foi chamado por Deus, recebeu as promessas da aliança, e creu que Deus iria manter   as  suas  promessas   (Gn   15.6).  Sua história é contada em Gênesis 11-25. Abraão gerou a  /saque. Abraão  e Sara queriam  saber se Deus lhes enviaria o filho prometido;  mas Deus sempre cumpre as suas promessas. Veja Gênesis 21-22.


QUARTA – Mt  1.16 - A descendência davídica de Jesus é herdada por meio de seu pai terreno, José.
1.16 A linhagem real continuou através de José que, embora não fosse o pai de Jesus, era o marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo. Mateus havia terminado seu objetivo de relacionar essa genealogia para mostrar, sem qualquer dúvida, que Jesus era descendente de Davi e que, dessa forma, estava cumprindo as promessas de Deus.

QUINTA – Mt 5.17- Jesus veio para cumprir a Lei e os profetas.
5.17 Jesus não veio como um rabino trazendo um ensino recém elaborado, Ele veio como o prometido Messias com uma mensagem que fora transmitida desde o início dos séculos. "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir". Jesus completa e transcende a lei. A lei do Antigo Testamento não foi rescindida e deve ser agora interpretada e reaplicada à luz de Jesus. Deus não mudou de idéia e a vinda de Jesus fazia parte do plano de Deus para a Criação (veja Gênesis 3.15)


SEXTA - Mt 16.18 - Mateus é o único dos evangelistas que menciona a Igreja.
16.18 O nome Pedro já tinha sido dado a Simão quando Jesus o encontrou pela primeira vez ( Jo 1.42). Aqui Jesus deu ao nome um novo significado. Jesus disse: "Tu és Pedro lpetros em grego] e sobre esta pedra lpetra em grego] edificarei a minha igreja". Embora seja evidente o jogo de palavras, a que se refere esta pedra? A "pedrà' sobre a qual Jesus edificará a sua igreja foi identificada de quatro maneiras principais:


1. O próprio Senhor Jesus, como o arquiteto divino da nossa fé, e Ele mesmo como a pedra fundamental. Mas alguns pensam que esta verdade não parece ser o que se quer dizer aqui. Eles entendem que o foco estava em Pedro.

2. Pedro, como o supremo líder, ou primeiro "bispo" da igreja, uma versão incentivada por estudiosos  católicos romanos. Esta versão dá autoridade à hierarquia da sua igreja e considera Pedro e cada um de seus sucessores como o supremo pontífice da igreja. Não há menção a sucessão nestes versículos, entretanto, e embora a igreja primitiva expressasse grande consideração por Pedro, não há evidências de que eles o considerassem como a autoridade mais elevada.
3. A confissão de fé que Pedro fez, e que todos os verdadeiros crentes subseqüentes também fazem. Esta visão foi apresentada por Lutero e pelos reformadores como uma reação à segunda visão, expressa acima.

4. Pedro como o líder das discípulos. Da mesma maneira como Pedro revelou a verdadeira identidade de Cristo, o Senhor também revelou a identidade e o papel de Pedro.
Embora a sucessão apostólica não possa ser encontrada neste contexto, nem nas epístolas, o papel de Pedro como um líder e porta-voz da igreja não deve ser desconsiderado. Pedro recebeu a revelação do discernimento e da fé a respeito da identidade de Cristo, e foi o primeiro a confessar a Cristo.


SÁBADO – Mt 28.18-20 - A Igreja é chamada para cumprir as ordenanças de Jesus.
28.18-20 Quando alguém está morrendo ou nos deixando, nós prestamos atenção às suas últimas palavras. Jesus deixou os discípulos com algumas últimas palavras de instrução. Deus deu a Jesus todo o poder sobre o céu e a terra. Com base neste poder, Jesus disse aos seus discípulos ide e fazei discípulos (versão RA), pregando, batizando e ensinando. "Fazer discípulos" significa educar novos crentes sobre como seguir a Jesus, submeter-se à soberania de Jesus e assumir a sua missão de serviço misericordioso. Batizar é importante porque une o crente a Jesus Cristo em sua morte para o pecado, e em sua ressurreição para uma nova vida. O batismo simboliza a submissão a Cristo, a disposição para viver segundo a vontade de Deus, e a identificação com o povo da aliança de Deus. Batizar em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo é um gesto que afirma a realidade da Trindade, o conceito que veio diretamente do próprio Senhor Jesus. Ele não disse para batizar "nos nomes", mas "em nome" do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

Embora em missões anteriores Jesus tivesse enviado os discípulos somente aos judeus (10.5,6), a sua missão a partir de então seria a todas as nações. Isto é chamado de Grande Comissão. Os  discípulos tinham sido bem treinados, e tinham visto o Senhor ressuscitado. Eles estavam preparados para ensinar as pessoas de todo o mundo a guardar todas as coisas que Jesus tinha mandado. Isto também mostrava aos discípulos que haveria um período entre a ressurreição de Jesus e a sua segunda vinda. Durante este período, os seguidores de Jesus tinham uma missão a cumprir - evangelizar, batizar e ensinar as pessoas a respeito de Jesus para que elas, por sua vez, pudessem fazer a mesma coisa. As boas novas do Evangelho deveriam ser transmitidas a todas as nações.
Com este mesmo poder e autoridade, Jesus ainda nos ordena que contemos a outros sobre as boas-novas, e os façamos discípulos do reino. Nós devemos ir - seja à porta ao lado ou a outro país - e fazer discípulos. Esta não é uma opção, mas um mandamento a todos os que chamam Jesus de "Senhor". Quando obedecermos, sentiremos conforto sabendo que Jesus está conosco todos os dias. Isto irá acontecer por meio da presença do Espírito Santo na vida dos crentes. O Espírito Santo será a presença de Jesus que nunca os deixará (Jo 14.26; At 1.4,5). Jesus continua a estar conosco hoje, por meio do seu Espírito. Da mesma maneira como este Evangelho se iniciou, ele termina - Emanuel, "Deus conosco" (1.23).

As profecias do Antigo Testamento e as genealogias do livro de Mateus apresentam as credenciais de Jesus que o qualificam para ser o Rei do mundo - não um líder militar ou político, como os discípulos originalmente tinham esperado, mas o Rei espiritual que pode derrotar todo o mal e governar no coração de cada pessoa. Se nos recusarmos a servir fielmente ao Rei, seremos súditos desleais. Precisamos fazer de Jesus o Rei da nossa vida, e adorá-lo como nosso Salvador,Rei e Senhor.


EXTRAÍDO DOS  LIVROS:
COMENTÁRIO BÍBLICO BEACON.
COMENTÁRIO DO NOVO TESTAMENTO APLICAÇÃO PESSOAL.

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