A resposta de João aos judeus indica que ele soube
imediatamente o que eles realmente queriam saber. "Qual é a sua opinião sobre este
homem que está competindo com você, um Homem a quem você batizou, um Homem que
está arrebatando a sua multidão?" A resposta de João teve quatro partes.
Na primeira, ele lembrou-lhes que todos os homens estão, em última análise,
sujeitos à soberania de Deus.
O homem não pode
receber coisa alguma, se lhe não for dada do céu (27; cf. 3.3). Na
segunda, ele deixou claro o seu verdadeiro relacionamento com o Cristo,
lembrando aos seus inquisidores uma afirmação anterior: Eu não sou o Cristo (28;
cf. 1.20). Como veremos posteriormente (ver o comentário sobre 4.26), o autor
usa as afirmações do tipo "Eu sou" como afirmações diretas da
divindade de Jesus. Da mesma maneira, aqui, a forma negativa da frase de João, eu
não sou, é uma renúncia clara e firme, mostrando que João não era o
Messias. Contudo, ele reconhece e afirma o seu próprio papel como alguém que
está relacionado a Cristo: Sou enviado adiante dele (28). Na terceira
parte de sua resposta, ele usou o exemplo do noivo, da noiva e do amigo. Devido
ao noivo ser quem de fato é, existe uma verdadeira alegria e deleite no coração
do amigo. O completo cumprimento e a plenitude da alegria pertencem àqueles que
reconhecem Jesus como quem Ele real mente é, e àqueles que encontram em sua
voz a fonte de puro prazer. O amigo... alegra se muito com a voz do esposo.
Assim, pois, já essa minha alegria está cumprida (29; cf. 16.24).
Finalmente, todo o
relacionamento é resumido na declaração de auto-anulação de João, feita no
verdadeiro espírito de uma vida santificada: É necessário que ele cresça e que eu diminua
(30)
Conteúdo extraído do comentário BEACON.
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