exercendo o amor ao próximo

           Vivemos a realida­de de um mundo cada vez mais competitivo, em que a busca pelo reconhecimen­to e sucesso faz com que, frequentemente, as pessoas se tornem mais individua­listas, procurando sempre seus próprios interesses. Na verdade, grandes problemas da humanidade, de alguma forma estão ligados ao egoísmo e a toda sorte de senti­mentos que visam apenas a satisfação pessoal, tentando continuamente colocar o “eu” no centro do universo! O cristianismo, contudo, apresenta uma visão com­pletamente diferente, visto que, nos moldes bíblicos das relações interpessoais, Deus sempre deu evidências de que, a chave para vivermos boas experiências em qual­quer área de nossa vida, está no cultivo adequado de rela­cionamentos saudáveis. No livro de Provérbios, no An­tigo Testamento, Salomáo trata, entre outras coisas, das relações sociais. Negócios, família, sociedade, etc. em todas estas formas de inte­ração, existe um cuidado de Deus em fazer-nos conviver da melhor maneira possí­vel.
             Na nova aliança, Jesus apresenta uma cosmovisão que contraria radicalmente a maior parte dos princípios defendidos em seu tempo. O Mestre chocou a muitos de seus ouvintes quando afirmou: “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimi­gos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pe­los que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;” (Mt 5.44). Sem dúvida alguma, a partir do advento do Messias, as coisas haveriam de mudar bastante no que tange às relações dos homens com seus semelhantes. O Senhor criticou veementemente o sistema religioso de sua épo­ca, ao proferir a parábola do bom samaritano.
 Os fariseus e outros grupos religiosos, estavam mais preocupados com os aspectos exteriores e/ ou o formalismo da religião judaica. Não conheciam na prática, o que seria exercer misericórdia e amor mais do que os sacrifícios. Jesus deixou bastante claro tam­bém, o fato de que a princi­pal credencial dos discípulos encontrava-se evidenciada no amor que haveriam de demonstrar uns pelos ou­tros. Quanto a isso, ele dis­se: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos ou­tros” (Jo 13.35). Em termos práticos, um cristão só pode ser identificado genuina­mente dessa forma, quando sua maneira de viver se ca- racteriza o amor pelo próxi­mo. Podemos ter inúmeros  talentos, habilidades, dons, carisma e preparo intelectu­al. Contudo, todo acervo de qualidades que um cristão pode ter, só servirá de fato quando este aprender a di­recionar suas ações àqueles por quem Jesus morreu.
Talvez um dos grandes problemas do mundo hoje, esteja nos questionamentos dirigidos ao Criador. Deus, no entanto, espera que, no coração do homem, a inda­gação correta para solucio­nar problemas de convivên­cia seja: “Senhor, quem é o meu próximo?”

Extraido do Jornal ADNEWS  edição nº 62 pag 17

André Alencar
Evangelista da IEADPE
Belo Jardim

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