Neste capítulo, nos deteremos, de modo bastante
resumido, com muita reverência e temor, sobre o personagem mais importante que
já pisou na terra. Refletiremos sobre Jesus, o homem de caráter perfeito. E
praticamente impossível descrever a grandeza de sua personalidade e do seu
caráter supremo com palavras humanas. Sua entrada no seio da raça humana, em
seu estado de miséria espiritual, não somente significou Deus entre nós, o
Emanuel (Mt 1.23), mas também sua missão salvífica em cumprimento à promessa do
Criador de redimir o homem caído desde o Éden. Ele humanizou-se como “a semente
da mulher” que havería de ferir a cabeça do Diabo (Gn 3.15).
Na
eternidade, Ele tinha todos os atributos da divindade: onisciência,
onipotência, onipresença e tantos outros somente a Ele inerentes, ou absolutos
e intransferíveis. Porém, ao encarnar no ventre da mulher, tornou-se o “Filho
do Homem”, absorvendo temporariamente as limitações do ser humano, para que
pudesse experimentar a vida humana em todos os seus mais diferentes aspectos e
circunstâncias. Ele despojou-se de seus atributos e de sua glória para
submeter-se ao plano do Pai em relação à salvação do mundo (Jo 3.16). Diz Paulo
aos filipenses: “[...] que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante
aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo
obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou
soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de
Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da
terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus
Pai” (Fp 2.6-11).
Ele era, ao mesmo tempo, o Deus-Homem e o Homem-Deus,
possuindo as naturezas divina e humana, na incompreensível união hipostática, o
que o torna inalcançável na dimensão plena de sua natureza, pela mente finita e
limitada do homem. Para entender o seu caráter no âmbito deste estudo, em que
apresentamos exemplos de homens e mulheres que foram protagonistas da história
bíblica, precisaremos analisar alguns aspectos de sua vida retratados nas
escrituras, tanto em termos proféticos, como em seu nascimento, seu
desenvolvimento humano e experiências que vivenciou no confronto com a
realidade espiritual e humana em que foi introduzido, para cumprir o plano de
Deus para a redenção da humanidade. Ele era o “Verbo”, que “[...] estava com
Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus” (Jo 1.1,2). O que
nos remete à sua divindade e eternidade.
Esse Verbo, no entanto, não se manteve só na eternidade. Ele
tornou-se homem por desígnio supremo de Deus, o Pai, para resgatar a criatura
das forças do mal, que perturbaram e prejudicaram a história do homem — feito
imagem e semelhança de Deus — por causa do pecado e da Queda. Diz João: “E o
Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14).
Abstraindo
a sua condição divina, seu caráter humano revelou qualidades especiais. Jesus
sofreu as necessidades humanas como cansaço, fome, sono, alegria, tristeza e
muito mais. Ele experimentou também o que é ser tentado. Podemos depreender que
as forças do mal investiram contra Ele não só no monte da Tentação, mas também
em diversas áreas da vida, incluindo a área moral. Mas Ele em tudo foi o Grande
Vencedor, pois venceu todas as fontes da tentação e também venceu o mundo. Ele
disse a seus seguidores: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no
mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Ele
venceu a carne (a natureza carnal): “[...] nesta previsão, disse da
ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no Hades, nem a sua
carne viu a corrupção” (At 2.31).
Ele venceu o Diabo em todos os embates e confrontos: “Então,
disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus,
adorarás e só a ele servirás. Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os
anjos e o serviram” (Mt 4.10,11). Uma síntese do seu caráter e de sua vitória
total sobre o pecado está no livro aos Hebreus: “Porque não temos um sumo
sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como
nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15).
I - JESUS DE NAZARÉ - O FILHO DO HOMEM
1. Sua Origem Humana
Jesus é Deus, porém
fez-se homem para fazer parte da raça humana, com o objetivo de remir o homem
perdido. Ele fez-se homem através do processo maravilhoso da encarnação. Ele, o
Verbo divino, “se fez carne”, tornou-se homem “e habitou entre nós” (Jo 1.14).
Ele nasceu como homem no tempo (gr. Kairós) de Deus. Diz Paulo: “mas, vindo a
plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a
lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de
filhos” (Gl 4.4,5). Sua entrada no mundo foi marcada por eventos de caráter
espiritual e humano de grande significado. Jesus foi enviado por Deus com Unção
e Poder: “[...] como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com
virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo,
porque Deus era com ele” (At 10.38).
1)
A anunciação a Maria. Jesus foi inserido na História da humanidade de forma
singular. Deus chamou o anjo Gabriel e enviou-o à pequena cidade de Nazaré, na
Galileia, para anunciar à jovem Maria que ela seria mãe do Salvador do mundo:
“Disse-lhe, então,
o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, e eis que em teu
ventre conceberás, e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus [...].
E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? E,
respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude
do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há
de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.30,31; 34,35). Maria ficou
impactada com a mensagem do anjo, mas, como serva de Deus, sendo ela humilde e
santa, creu na mensagem e declarou sua submissão à vontade de Deus: “Disse,
então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua
palavra. E o anjo ausentou-se dela” (v. 38). Com essa atitude, Maria demonstrou
ser uma jovem humilde e submissa à vontade de Deus.
2) A anunciação a
José. Ao tomar conhecimento de que Maria estava grávida sem ele ter
coabitado com ela, José, homem de temperamento tranquilo, arquitetou um plano
para fugir secretamente, a fim de não infamar sua noiva. Deus, porém, também o
escolheu com uma missão elevada ao lado de Maria, no mistério da encarnação de
Jesus. E, antes que ele executasse seu plano de fuga, Deus falou com ele em
sonho: “Então, José, seu marido, como era justo e a não queria infamar,
intentou dei- xá-la secretamente. E, projetando ele isso, eis que, em sonho,
lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber
a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo. E ela
dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo
dos seus pecados” (Mt 1.19-21). Antes de ser alertado pelo anjo, José imaginara
que sua noiva teria fornicado e corria grande risco. Assim, Jesus entrou no
mundo em sua humanidade real.
3) A natureza singular do seu nascimento.
A diferença do nascimento de Jesus para o nascimento dos demais homens foi o
fato de Ele ter sido gerado sem a semente do homem, contaminada pelo pecado:
“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada
com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo” (Mt
1.18 -grifo nosso). Em cumprimento às profecias, ele tinha que nascer de uma
virgem: “Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem
conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14). Essa
profecia, proferida em 700 a.C, foi cumprida literalmente (Mt 1.23). O anjo
Gabriel foi enviado a Maria, unja jovem simples, anônima, da pequena cidade de
Nazaré, para dizer que ela fora escolhida para trazer ao mundo
0 Messias prometido (Lc
1.26-31, 39-56).
4) Data e local de
nascimento. Era o ano 5 a.Cl, no mês Sebate (fevereiro). Cirênio (Quirino),
governador da Síria, assinou um Decreto, mandando que todos se alistassem em
sua cidade de nascimento. Assim, José levou Maria de Nazaré para Belém para o
alistamento. No mês de Adar (março), “No início da primavera”, José e Maria
estavam em Belém após uma viagem de 160 quilômetros desde Nazaré. Não havendo
lugar numa hospedaria, José conduziu Maria para uma gruta, que servia de
manjedoura, e, ali, nasceu o Salvador do Mundo. Cumpriu-se a profecia (750
a.C), que diz: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá,
de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos
antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2).
5) Ameaça de morte,
fuga para o Egito e retorno a Nazaré.
Quando Jesus nasceu, Herodes, o Grande, reinava
sobre a Palestina (Mt 2.1). Esse monarca era um rei de personalidade fraca e
caráter perverso. Quando os magos que vieram do Oriente procuraram por Jesus,
nascido Rei dos Judeus, ele ficou perturbado, temendo perder o poder por causa
de uma criança desconhecida dos judeus. E, então, ele mandou matar todos os
meninos de Belém para que também fosse eliminado o filho de Maria e de José.
Deus, no entanto, não permitiu isso acontecer e dirigiu os magos para não
retornar ao sanguinário rei. O Senhor também falou com José para fugir para o
Egito com Maria e Jesus, pois Herodes queria matá-lo (Mt 2.13,14). Um ano após
o nascimento de Jesus (3 a.C), a história registra a morte do famigerado e
assassino Herodes (Mt 2.19-23); ele morreu apodrecido, acometido de estranha
enfermidade, comido de vermes; um neto seu, Herodes Agripa I, morreu da mesma
forma (At 12.23); em lugar do Herodes homicida, reinou Arquelau, seu filho, que
escapou da sua ira sanguinária.2 José e Maria não ficaram em Belém ou
Jerusalém, mas, sabendo que o filho de Herodes assumira o poder em Jerusalém,
foi para a Galiléia “por divina revelação”, passando a residir em Nazaré (Mt
2.21-23).
2. Seu Desenvolvimento Humano
A condição divina de
Jesus ficou latente em sua mente. Ele só tomaria ciência da sua natureza divina
tempos depois. Como criança, ele teve uma infância normal e saudável aos
cuidados de Maria, com apoio de José, o pai terreno e guardião. Enquanto José
cuidava da provisão para a família como carpinteiro, Maria tinha, sem dúvida,
um papel importantíssimo na formação do caráter humano de Jesus. Ele era o
próprio Deus encarnado; mas, como humano, só teve consciência dessa condição à
proporção que crescia e se desenvolvia aos cuidados de sua mãe extremosa em
cuidado e amor.
Ele era perfeitamente
homem e perfeitamente Deus. Durante trinta anos — desde o seu nascimento até
iniciar o seu ministério —, houve uma preparação espiritual e humana para Jesus
começar a desenvolver sua missão em prol da redenção da humanidade.
1)
Infância e adolescência de Jesus. A Bíblia traz poucas informações sobre a
infância de Cristo. O texto de Lucas mostra, em rápidas palavras, como foi a
criação de Jesus: “E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de
sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Ora, todos os anos, iam seus
pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa” (Lc 2.40-41). Podemos resumir a educação
de Jesus sob os cuidados de Maria, sua mãe, em alguns aspectos:
• “E o menino crescia
[...]”. O menino crescia fisicamente. A Bíblia pouco fala sobre esse aspecto,
mas, ao que tudo indica, Ele não foi criado dentro de uma sinagoga ou do
templo, isolado dos outros meninos. Podemos inferir que Jesus teve uma infância
normal. Ele brincava e alimentava-se de modo sadio, o que favorecia seu
crescimento físico. Brincar sempre foi coisa de menino. Isso é tão interessante
que, no Milênio, essa será uma das características da tranquilidade daquele período
do reinado de Cristo: “E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas,
que nelas brincarão” (Zc 9.5). A profecia fala da restauração espiritual,
social e até de lazer, tão necessários à infância. Nesse período pueril, assim
como nas faixas etárias seguintes, o menino Jesus viveu a sua plena humanidade.
Escritores apócrifos dizem que Ele fazia pássaros de barro e, depois, fazia-os
voar com um sopro; ou então que Ele uma vez matou um menino que o empurrou,
amaldiçoando-o. Nada está mais longe da verdade. Jesus era um menino normal.
Nas escolas daquele tempo, os meninos aprendiam a ler e a escrever, tanto o
hebraico como o aramaico.
•
“... e se fortalecia em espírito”. Expressão
que se refere ao crescimento espiritual do menino. Os pais de Jesus, com o zelo
de Maria, tinham o cuidado de promover sua educação e formação espiritual com
base nos mandamentos do Antigo Testamento. Sem dúvida alguma, eles, como pais
judeus, ensinavam a Palavra de Deus a Jesus. Na Lei, Deus ordenou: “Ponde,
pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por
sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos, e
ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e deitando-te, e levantando-te; e escreve-as nos umbrais de tua casa e
nas tuas portas” (Dt 11.18-20). O zelo espiritual de Maria e José por Jesus é
demonstrado pelo fato de levarem-no todos os anos para a festa da Páscoa, em
obediência a Êx 23.15: “Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa
da Páscoa. E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do
dia da festa” (Lc 2.41,42). A Páscoa era realizada no mês de Abibe ou Nisã
(abril); ali, em Jerusalém, Jesus causou admiração aos doutores da lei; aos 5
anos, começou a ler as Escrituras; aos dez, já sabia toda a Lei; aos 13,
assumia a responsabilidade de cumprir os mandamentos (cerimônia do bar
mitzvah).3 Segundo Champlin, “2. Aos cinco anos, a criança começava a aprender
a lei, mediante o ensino catequético, na escola. 3. Aos doze anos, o menino se
tornava diretamente responsável pela obediência à lei, incluindo suas
ordenanças e solenidades prescritas [...]”.4 Desde o retorno para Nazaré, é a
primeira vez que o texto bíblico faz referência à presença de Jesus num
episódio marcante para a sua vida espiritual e humana.
• “[...] cheio de
sabedoria”. Refere-se ao crescimento progressivo em sabedoria humana, pois
sua sabedoria espiritual estava em estado latente, até ser despertado nEle a
condição de sua natureza divina. Ele era perfeitamente homem e perfeitamente
Deus, mas sua divindade manifestou-se no momento certo, no tempo de Deus. Lucas
resume o texto que fala sobre o crescimento de Jesus em diversas áreas,
reiterando que Ele passou por um desenvolvimento espiritual e humano exemplar:
“E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os
homens” (Lc 2.52 - grifo nosso).
• “[...] e a graça de
Deus estava sobre ele”. O termo graça, na Bíblia, tem vários sentidos e
aplicações. No caso do menino Jesus, Lucas quis dizer que a “bondade” e a
“benevolência” de Deus estavam sobre Ele. Essa condição de relacionamento com
Deus era progressivo em seu crescimento ou desenvolvimento espiritual: “E
crescia Jesus [...] em graça para com Deus [...]”. Assim como Ele tinha a graça
para com Deus, tinha-a também “para com [...] os homens” (2.52).
2)
A juventude de Jesus. Desde a sua adolescência e juventude, Jesus exerceu a
profissão ensinada pelo pai. Ele era conhecido como “o carpinteiro”, “o filho
do carpinteiro [...]” (Mc 6.3; Mt 13.55). Dos 12 aos 30 anos, Jesus trabalhava
com seu pai adotivo em sua carpintaria, exercendo o mesmo ofício. Há
especulações cavilosas e deturpadas, sugerindo que, nesse período, Jesus “teve algum
contacto com João Batista e com os essênios”.5 Estes eram uma das três seitas
judaicas principais (com os fariseus e os sacuceus). Eles viviam isolados,
defendiam o celibato, eram extremamente rígidos em matéria de costumes e
discordavam do judaísmo em várias práticas. Há ensinos deturpados e heréticos
que propalarp (jue Jesus aprendeu muito com os essênios e viveu um tempo na
índia e no Tibete, aprendendo a realizar curas e milagres, o que pode ser
considerado um ensino blasfemo contra o Senhor Jesus Cristo.6 Podemos afirmar,
com segurança e base nas Escrituras, que Jesus, dos 12 aos 30 anos, viveu
exercendo o ofício aprendido com seu pai adotivo, aguardando o momento de
iniciar seu ministério terreno em prol da salvação da humanidade. Como dito
acima, Ele era bastante conhecido em sua comunidade como “o carpinteiro”, o que
só faz sentido se Ele, de fato, vivesse ali de modo regular e constante.
3. Jesus É Apresentado ao Mundo
Para seus patrícios, Jesus era “o
carpinteiro”, provalmente substituto de José, seu pai terreno (Mt 13.55; Mc
6.3). Ele sentiu o toque do Pai para apresentar-se ao mundo não como o filho de
José ou de Maria, mas, sim, como o “Filho do Homem”, como o “Filho de Deus”,
como o Messias. João evangelista foi quem melhor percebeu a realidade divina de
Jesus. Em seu evangelho, ele apresenta Jesus como “o Verbo” que “era Deus”,
sendo Criador de todas coisas, pois “Ele estava no princípio com Deus. Todas as
coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo
1.1-3). Quando batizava em “Betânia, do outro lado do Jordão [...]. No dia
seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele,
e disse: Eis o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.28,29). Tendo visto Jesus receber o
Espírito Santo sobre ele, João declarou que Ele (Jesus) “é o que batiza com Espírito
Santo. E eu [João] vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus” (Jo
1.32-34).
II - SEU MINISTÉRIO E CARÁTER SUPREMOS
1. O Ministério de Jesus
Antes de iniciar seu
Ministério propriamente dito, houve alguns eventos que merecem destaque.
O batismo e a tentação de
Jesus. Ele apresentou-se para iniciar seu ministério
quando foi ao rio Jordão para ser batizado por João Batista, para cumprir “toda
a justiça”, quando “começava a ser de quase trinta anos” (Lc 3.23; Mt 3.1-12;
Jo 1.6-8, 19-36). Logo após o batismo em águas, “[...] foi conduzido Jesus pelo
Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado quarenta
dias e quarenta noites, depois teve fome” (Mt 4.1,2; Mc 1.12,13; Lc 4.1). Foi
servido pelos anjos, no meio das feras, naquela circunstância dramática. Foi
uma prova de fogo para Jesus como homem, mas Ele suportou todos os ataques
presenciais do maligno e venceu. Jesus em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb
4.15; 1 Pe 2.22). Com humildade, submeteu- se ao batismo de João e, com a graça
de Deus, foi aprovado no “batismo de fogo” da tentação no deserto, e só depois
escolheu seus primeiros discípulos (Mt 4.12-25). Aqui, o caráter de Jesus
demonstrou estar forjado para cumprir sua missão.
A ordem cronológica dos fatos principais
do ministério de Jesus nem sempre é bem definida pelos evangelistas. Talvez
porque esse não era seu propósito, e, sim, descrever e registrar na inspiração
do Espírito Santo, o que Jesus fez como homem e como enviado de Deus para
trazer a salvação aos homens: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito
Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos
do diabo, porque Deus era com ele” (At 10.38).
E impossível dizer tudo sobre o ministério de Jesus. O que os evangelhos relatam
sobre sua vida e sobre seus feitos, incluindo mensagens, sinais, prodígios,
milagres e maravilhas não dariam para caber em todos os livros do mundo. João
diz: “Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma das
quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros
que se escrevessem. Amém!” (Jo 21.25). Porém, o que as Escrituras mostram é
suficiente para demonstrar que Jesus foi o homem perfeito, o Mestre perfeito, o
Supremo Pastor, o Ensinador maravilhoso, cuja mensagem era diferente de tudo o
que o mundo já conhecera.
2. Início do Ministério na Judeia
Da Galileia, Jesus
deslocou-se para a Judeia e, depois, foi a Jerusalém. Jesus chegou ali próximo
à Páscoa. Chegando ao templo, Ele fez a primeira purificação do santuário,
derrubando mesas de cambistas e agindo com zelo santo contra os vendilhões de
animais, expulsando-os e repreendendo-os por profanarem a casa de seu Pai (Jo
2.13-22). Nicodemos, um fariseu e líder dos judeus, teve uma entrevista com
Jesus quando o Mestre mostrou-lhe que era necessário “nascer de novo”,
demonstrando o grande amor de Deus pela humanidade (Jo 3.1-21). Da Judeia,
passando por Samaria, Jesus retornou à Galileia (Lc 4.14; Mt 4.12). Em meio ao
retorno à Galiléia, Jesus passou por Samaria (já fora da Judéia), onde falou
com a mulher Samaritana e revelou-se como o Messias (Jo 4.25,26). Na Galiléia,
foi bem recebido pelos galileus, que tinham visto os sinais que Ele operara na
Judeia (Jo 4.43-45).
3. O Grande Ministério na Galileia
Depois que João Batista fora preso,
Jesus deslocou-se para a Galiléia: “[...] pregando o evangelho do Reino de Deus
e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo.
Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.14,15; Mt 4.12,17). Esteve em Caná
da Galiléia, onde, na primeira vez que lá estivera, transformou água em vinho e
curou um filho de um oficial do rei. Era o seu segundo milagre (Jo 4.46-54).
Experiências positivas e
negativas desafiaram sua natureza humana e fortaleceram-no para cumprir sua
missão.
1) A rejeição de Jesus pelos galileus.
Não demorou muito e surgiram oposições ao seu ministério, justamente “em
Nazaré, onde fora criado”. Num dia de sábado, Jesus foi a uma sinagoga e
foi-lhe dada a oportunidade para ler, e Ele leu o livro de Isaías, onde está
escrito: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar
os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade
aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar
o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.18,18; Is 61.1,2a). Depois da leitura, Jesus
disse que, naquele dia, fora cumprida aquela Escritura aos ouvidos dos
presentes (Lc 4.18-21). Como resultado, em lugar de aceitarem sua palavra,
ficaram muito irados com Ele e expulsaram-no da cidade (Lc 4.28-30). Dali, foi
morar em Cafarnaum. Como homem, Jesus experimentou o que era ser rejeitado pelo
seu próprio povo.
2) O primeiro milagre.
Jesus foi convidado junto com sua mãe e seus discípulos para um casamento em
Caná da Galileia. Ali, Ele transformou grande quantidade de água em vinho puro.
Foi o seu primeiro milagre. Não foi efetuado numa sinagoga ou no Templo em
Jerusalém, mas numa festa de casamento, e isso é significativo. Além de mostrar
a valorização do casamento com sua presença e também o valor da família, esse
fato foi muito inte- ressente porque marcou a realização de sinais que o
credenciaram perante seus discípulos como o Messias que havería de vir: “Jesus
principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória,
e os seus discípulos creram nele” (Jo 2.1-11).
3) A primeira pregação. “E, deixando
Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e
Naftali, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz: A
terra de Zebulom e a terra de Naftali, junto ao caminho do mar, além do Jordão,
a Galiléia das nações, o povo que estava assentado em trevas viu uma grande
luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou. Desde
então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o
Reino dos céus” (Mt
4.13-17). Ali, com a família e os discípulos, Jesus permaneceu por algum tempo
(Jo 2.12). Ele começou sua pregação de modo impactante, como um andarilho, um
pregador solitário: “Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer:
Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus” (Mt 4.17). Isso já
sinalizava que a salvação começa com o arrependimento seguido da conversão
genuína (At 3.19). Em sua mensagem, Ele deixou bem claro que ninguém pode ter
acesso a Deus a não ser por Ele: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).
4) Os primeiros
discípulos. Em seguida, caminhando pela orla do mar, Jesus viu os irmãos
Pedro e André em pleno trabalho, lançando a rede ao mar, e chamou-os para serem
“pescadores de homens”. O efeito daquele chamado foi tão grande que os irmãos
deixaram as redes e seguiram-no. Logo após, também à beira-mar, Ele viu mais
dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu, que consertavam as redes de
pescaria, e esses também deixaram tudo e seguiram-no (Mt 4.18-22). Acompanhado
de seus quatro primeiros discípulos, Jesus começou sua Obra Missionária de
tríplice ação. Em toda a Galileia, Ele ensinava nas sinagogas, pregava o
evangelho do Reino e curava “todas as enfermidades e moléstias entre o povo”.
Com essa mensagem de poder jamais vista em toda a Palestina, Jesus atraiu
multidões que vinham ouvi-lo não só “da Galileia”, mas também “de Decápolis, de
Jerusalém, da Judeia e dalém Jordão” (Mt 4.23-25). Depois, Ele completou o
número do seu “colégio apostólico”, integrado por doze discípulos, a quem
chamou e deu-lhes todas as instruções sobre sua grande missão (Mt 10.1; Lc
6.13; 9.1). A escolha dos discípulos não foi feita de forma aleatória. Jesus
“passou a noite em oração a Deus” (Lc 6.12-16). Hoje, muitas vezes, são
escolhidos obreiros por motivos humanos, preferências pessoais, amizades, sem a
busca da direção de Deus. São evidentes os prejuízos à Obra do Senhor quando
não são observados os critérios para a escolha de obreiros.
5) O Sermão da Montanha: As leis do
Reino. Nos capítulos 5 a 7 de Mateus, junto a textos correlatos, Jesus iniciou
a proclamação do seu evangelho ditando as bem-aventuranças e também
muitos outros
ensinamentos, que constituem o que chamamos de “As Leis do Reino”. Neste
Sermão, Jesus demonstrou uma ética tão elevada que, até hoje, ninguém na terra
teve condições de alcançar em sua plenitude. Em seus ensinos, Ele usou os Dez
Mandamentos como base para a conduta cristã, porém superou- -os, trazendo uma
nova visão e uma nova maneira de cumprir o Decálogo. Ele chocou os fariseus e
os judeus em geral. Chamou de bem-aventurados os que choram, os mansos, os
misericordiosos, os pacificadores e outros que enfrentam adversidades pelo
simples fato de serem cristãos fiéis (Mt 5.1-12). Para Jesus, homicida não é só
quem fere ou tira a vida, mas também quem aborrece seu próximo! Adultério não é
só o ato ilícito, mas também o pensamento ilícito! (Mt 5.21,22; 27,28).
Com esse entendimento, Jesus causou grande rebuliço entre os
líderes de sua época. Ele reuniu seus discípulos e trouxe ao mundo a mensagem
mais poderosa e revolucionária (no bom sentido da palavra) que o homem já
ouviu, fazendo tudo isso com apenas 12 homens de caracteres diferentes, mesmo
sabendo quem era cada um deles — até mesmo Judas, que era o mais intelectual de
todos e tornou-se o tesoureiro. Os demais eram homens simples, pescadores, de
índoles e temperamentos diferentes, mas foi com eles que começou a mais
extraordinária mudança no pensamento humano em toda a história da humanidade.
Além do Sermão da Montanha, houve outros sermões de grande significado para a
salvação do homem. Em João 3.16, Jesus pregou para um homem só, mas resumiu
todo o sentido da pregação do evangelho. Deus amou “o mundo”, e não só a alguns
“eleitos” ou “predestinados”. Quem crê é salvo. “Quem crê nele não é condenado;
mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do uni- gênito
Filho de Deus” (Jo 3.16-18).
6) Milagres, sinais e
maravilhas. O ministério de Jesus foi autenticado por Deus através da
operação de muitos milagres e maravilhas. Podemos resumir os milagres e
maravilhas operados por Jesus em quatro categorias, demonstrando seu poder
divino:
a) Sobre as enfermidades e doenças. Em
Cafarnaum, numa sinagoga, Jesus causou tremendo rebuliço quando curou um homem
endemoninhado num dia de sábado (Mc 1.21- 28); Ele curou leprosos, os mais
estigmatizados enfermos de sua época, e, inclusive, sarou dez leprosos de uma
só vez (Lc 17.12; Mc 1.40; Mt 8.2-4); curou paralíticos, cegos e coxos e também
portadores de outras enfermidades (Lc 7.22^-Jo 5.1-47).
b) Sobre a
morte física.
Em Naim, Jesus interrompeu o cortejo da morte e ressuscitou o filho de uma
viúva (Lc 7.11-17); foi grande o impacto desse sinal: “E de todos se apoderou o
temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós,
e Deus visitou o seu povo. E correu dele esta fama por toda a Judeia e por toda
a terra circunvizinha” (Lc 7.16,17). Em outra ocasião, Ele foi à casa de Jairo,
líder da sinagoga, e ressuscitou sua filha de 12 anos, maravilhando a todos (Lc
8.40-42,49-56). O terceiro caso de ressurreição foi a de Lázaro, irmão de Marta
e de Maria, quando o defunto já estava na sepultura há quatro dias. Tal milagre
contribuiu para que muitos cressem em Jesus como o Messias (Jo 11.1-44)
c) Sobre as forças da natureza. Jesus é o criador de
todas as coisas ao lado do Pai: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem
ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). Ele é o único que muda o curso da
natureza por meio de seu poder sobrenatural, de sua onipotência. Numa ocasião,
estava Ele no barco com os discípulos e levantou-se uma tão grande tempestade
que as ondas cobriam a embarcação. Clamando por Jesus, Ele levantou-se,
repreendeu o vento e o mar e houve grande bonança, e seus discípulos ficaram
maravilhados (Mt 8.23-27; Lc 8.22-25). Em outra ocasião, os discípulos
fizeram-se ao mar, deixando Jesus para trás. Levantou-se, então, um vento
contrário, e eles não estavam conseguindo chegar à outra margem. Jesus, porém,
andando sobre o mar, foi ao encontro deles, provocando grande bonança (Mc
6.45-56). Ele também multiplicou pães e peixes duas vezes, alimentando milhares
de pessoas (Mt 14.15-21; Mc 8.1-9).
d) Sobre as forças espirituais do mal. Uma das consequências
mais trágicas do pecado foi a ação dos demônios sobre as pessoas, subjugando-as
e dominando-as com o poder maligno. Jesus, no entanto, com o seu poder
sobrenatural, libertou a muitos do jugo dos demônios, expulsando-os com
autoridade. Ele libertou um menino da possessão maligna (Mt 17.18); libertou a
filha da mulher siro-fenícia (Mc 7.26-30); libertou um homem com espírito
imundo numa sinagora (Lc 4.33-36); libertou o endemoninhado gadareno, dominado
por uma legião de demônios (Lc 8.26- 39). Com esses e muitos outros milagres,
Jesus demonstrou que era um homem dotado de capacidade espiritual, sendo humano
e, ao mesmo tempo, divino.
III - MORTE, RESSURREIÇÃO E VOLTA DE CRISTO
1. A Morte de Cristo - a Garantia da Salvação
Jesus entregou-se pelo
homem para salvá-lo da condenação eterna. Sua morte foi o maior gesto de Amor
de Deus para com o homem perdido. O significado de sua morte pode ser resumido
no que Ele próprio disse a Nicodemos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna” (Jo 3.16). O sangue de animais no AT apenas cobria o
pecado, mas não o tirava. Já o sangue de Jesus expia o pecado e tira o pecado
do homem com a eficácia divina (Hb 9.26,28; 10.4-10). Através de sua morte,
Jesus propiciou a reconciliação do homem com Deus (Jo 1.12; Hb 2.17). Enquanto
os conquistadores humanos venceram e tiraram a vida dos adversários, Jesus
venceu e deu a sua própria vida pelos pecadores (Rm 5.8).
2. A Ressurreição de Jesus - a Vitória sobre a Morte
Temos a garantia de que, um dia, todos
os que creem em Cristo haverão de ressuscitar, vencendo o último inimigo, que é
a morte.
Diz Paulo: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de
todos os homens. Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as
primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também
a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em
Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua
ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.
Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando
houver aniquilado todo império e toda potestade e força. Porque convém que
reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último
inimigo que há de ser aniquilado é a morte” (1 Co 15.19-26).
3. A Volta de Cristo - a Esperança para os Salvos
Quando Jesus nasceu em Belém, veio ao
mundo de maneira muito singela e modesta. Ele apareceu como um bebê em meio a
uma grande pobreza. Seu berço era uma manjedoura, um recipiente de comida de
animais; sua mãe envolveu-o em panos; Ele, sendo Deus, sendo “Rei dos Reis e Senhor
dos Senhores” (Ap 19.16), “Se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14a); se fez
pobre, “porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico,
por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecésseis” (2 Co
8.9). Contudo, na sua Vinda em Glória, será diferente, pois Ele virá “com poder
e grande glória”: “Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas
as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens
do céu, com poder e grande glória” (Mt 24.30); Ele virá cercado de anjos (2 Ts
1.7) e também virá “com seus santos” para reinar sobre a Terra (Jd 14); Ele
voltará para exercer seu juízo sobre toda a impiedade (Jd 15,16); Ele voltará
para livrar Israel do extermínio pelos inimigos do povo escolhido (2c 14.3-5);
Ele derrotará e prenderá o Anticristo, o Falso Profeta e o Diabo (Ap 19.20;
20.3); e, por fim, Ele implantará o seu reino milenial, quando reinará com os
salvos, que fazem parte de sua Igreja Amada.
CONCLUSÃO
Nos estudos e capítulos sobre alguns personagens do Antigo e do Novo
Testamento, vimos que não é fácil dissertar sobre suas vidas, testemunho e
missão, por causa da escassez de informações e de dados históricos. No caso de
Jesus, o maior e mais excelente personagem da História, é ainda mais difícil
descrevê-lo, não tanto por falta de dados e informações, mas, sim, por causa de
sua grandeza, de sua personalidade singular e de seu caráter inigualável. E não
podería ser diferente. Ele é a “[...] imagem do Deus invisível, o primogênito
de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e
na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam
principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é
antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça
do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em
tudo tenha a preeminência” (Cl 1.15-18).
Fonte
:
Livro o
Caráterdo Cristão
Moldado
pela Palavra de Deus e provado como ouro
Elinaldo
Renovato de Lima
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