PR. ELIENAI CABRAL
Essa é uma certeza e confiança que só o
Espírito Santo pode conceder. Sem essa certeza, nossa salvação seria
superficial. A alegria que reina no coração do crente vem do fato da absoluta
certeza e convicção de que está salvo. É o Espírito dentro do crente quem
fortifica essa confiança na salvação recebida. Quem salva é Jesus e quem dá a
certeza da salvação é o Espírito Santo. O apóstolo Paulo escreveu aos Gálatas:
“E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu
Filho, que clama: Aba, Pai!” (Gl 4.6). A salvação, que proporciona essa nova
vida, assegura o nosso direito de filiação a Deus. Não nos tornamos filhos de
Deus apenas porque a Bíblia diz que somos, mas também porque o Espírito clama
dentro de nós dizendo: “Aba, Pai!”.
Em segundo lugar, o Espírito habilita o
crente, isto é, prepara-o para a vitória sobre o poder do pecado. Por si mesmo,
o crente não encontra meios de vencer o pecado ao seu redor. Ele precisa de
poder para vencer o pecado nas suas inumeráveis investidas. Para que ele vença,
é preciso “andar no Espírito”, como diz a Palavra de Deus: “Para que a justiça
da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o
Espírito” (Rm 8.4).
É o Espírito quem habilita o crente a ser
vitorioso, baseado no poder da obra expiatória de Cristo. Quando o Espírito
está em nós, nosso espírito é fortalecido e a carne é subjugada nos seus
desejos. A Bíblia confirma este fato quando diz: “Andai em Espírito e não
cumprireis a concupiscência da carne” (Gl 5.16).
Em terceiro lugar, o Espírito Santo guia o
crente através da Palavra de Deus. Notemos o que Jesus falou acerca do
Espírito: “Mas quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a
verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos
anunciará o que há de vir” (Jo 16.13). A partir do momento que uma pessoa
torna-se “nova criatura” em Cristo, o Espírito que nela habita guiará essa
pessoa conforme os ditames da Palavra de Deus. A regra de fé e conduta do
crente está inserida na Palavra de Deus.
Todas as respostas, todas as diretrizes para
a vida cristã estão na Bíblia, e o Espírito Santo as tornará vivas e poderosas.
Ser guiado através da Palavra de Deus pelo Espírito é viver segundo o Espírito
– “mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de
Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus”
(1Co 2.12).
Em quarto lugar, o Espírito faz o crente
produzir “o fruto do Espírito”. Vejamos o que está escrito a esse respeito:
“Mas o fruto do Espírito é caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gl
5.22-23).
Notemos que é um fruto contendo nove partes
distintas. Não são nove frutos, mas um só fruto completo. Isso indica um “todo”
indispensável e inseparável na vida cristã. É trabalho do Espírito habilitar o
crente para produzir esse fruto. Ele em nós capacita-nos a ter as qualidades
desse fruto maravilhoso. É o Espírito quem nos capacita a ser vitoriosos e
producentes. Esse fruto independe de sermos batizados no Espírito Santo. Ele
pode ser produzido a partir do momento em que uma pessoa se torna “nova
criatura em Cristo”.
As três primeiras partes do fruto
relacionam-se com Deus e a comunhão com Ele. As três outras partes do fruto
relacionam-se com o próximo: “longanimidade, benignidade e bondade”. As três
últimas partes do fruto relacionam-se com a vida cristã do crente: “fé,
mansidão e temperança”.
Em quinto lugar, o corpo do crente torna-se
templo do Espírito Santo. Diz a Bíblia: “Ou não sabeis que o nosso corpo é o
templo do Espírito Santo, que habita em nós, proveniente de Deus, e que não
sois de vós mesmos?” (1Co 6.19).
Não devemos querer separar ou isolar as
partes material e espiritual, o corpo e o espírito. Deus tem interesse em que
corpo, alma e espírito sejam cheios da sua plenitude. Nosso espírito é o lugar
da habitação, o centro e o trono do Espírito, mas nosso corpo é o seu templo.
Todo o ser do crente deve ser santificado
para o Senhor e dominado por Ele. A Palavra de Deus confirma esse fato: “E o
mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito, alma e corpo,
sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a Vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo” (1Ts 5.23).
A palavra santificar significa separar. Somos
separados para uso do Senhor com todo o nosso ser. Se somos templo do Senhor
para que Ele se manifeste em nós, devemos cuidar, não só da alma e espírito,
mas também do corpo para que o mesmo esteja sempre em condições para a
manifestação divina. Os vícios e pecados contra o corpo devem ser repelidos.
Todo o pecado contra o corpo afeta a nossa comunhão com o Espírito que habita
nele e tem seu trono no nosso espírito.
Em sexto lugar, o Espírito ajuda o crente no
ministério da oração. Esse é o trabalho mais árduo para o crente – a oração.
Por isso, sem a ajuda do Espírito dentro de nós, não teríamos condições de
orar. Toda vez que o crente predispõe-se a orar, tem de lutar contra forças
imperiosas de fora e de dentro de nós que querem impedir-nos de orar. É uma
luta de âmbito espiritual e também entre a carne (nossa natureza pecaminosa) e
o espírito.
Circunstâncias exteriores surgem tão logo nos
dispomos a orar, mas temos que persistir e pedir ajuda do Espírito para irmos
até o fim. A Palavra de Deus confirma essa ajuda: “E da mesma maneira também o
Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos pedir como convém, mas o
mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26).
Em sétimo lugar, o Espírito reveste o crente
com poder para que esse faça a vontade de Deus, para fazer a Sua obra. Que
podemos fazer sem o “poder do Espírito”? Nada! Precisamos do poder de
encorajamento, de renúncia, de amor, para fazermos a obra de Deus.
Os discípulos de Jesus, enquanto não foram
revestidos do poder, estavam medrosos, assustados, com medo de morrer e
acovardados. No Dia de Pentecostes, foram “cheios do Espírito” e suas vidas se
tornaram poderosas, corajosas e atuantes. Receberam uma dinâmica espiritual
capaz de vencer todos os obstáculos. Fazer o serviço de Deus sem estarmos
preparados para fazê-lo é correr risco de não fazermos nada. Jesus disse aos
Seus discípulos, antes de subir aos Céus: “Ficai em Jerusalém, até que do alto
sejais revestidos de poder” (Lc 24.49).
Esse poder capacita o crente a fazer bem a
obra de Deus. Concede-lhe condições de vencer os obstáculos morais, físicos,
materiais e espirituais.
Fonte- www.cpadnews.com.br
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