Material Extraído do Comentário BEACOM.
Quando Jesus estava andando junto ao mar da Galiléia (18),
Ele viu dois irmãos que pescavam. Um deles era Simão. Este é um nome
muito comum entre os judeus da época de Jesus, talvez em parte por causa do Simão
que foi um grande herói na revolta dos Macabeus do século II a.C. Há nove
pessoas diferentes chamadas Simão no Novo Testamento. Jesus deu a este o
sobrenome Pedro, que é a palavra grega para “pedra” (petros).
André é principalmente
conhecido como o irmão de Pedro, e assim é identificado aqui. Mas foi
ele que primeiro levou o seu irmão a um contato com Cristo (Jo 1.40-42). André
foi quem avisou que um menino tinha um almoço, com o qual cinco mil pessoas
foram alimentadas (Jo 6.8-9). Assim como Barnabé é ofuscado por Paulo, André
parece escondido à sombra de Pedro. Mas ele teve o seu próprio papel e
executou-o de forma fiel e eficiente.
Os dois irmãos estavam lançando
as redes ao mar. Isto era feito nas águas rasas perto da praia. Para esse
propósito se usava um tipo especial de rede. Ela tinha pesos para que pudesse chegar
ao fundo e encerrar um cardume de peixes. O mesmo tipo de rede ainda é
usado nas fontes de água morna na praia do lago da Galiléia, ao sul de
Cafarnaum.
Jesus dirigiu-se a esses dois pescadores com uma ordem e
uma promessa: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens (19).
Ele tinha uma convocação mais elevada e uma tarefa maior para eles. O negócio
mais importante do mundo é ganhar almas. Pedro e André foram privilegiados por
serem os dois primeiros que Jesus convidou para acompanhá-lo em seu trabalho.
Este versículo sugere o
tema: "A convocação mais elevada", que pode ser resumida assim: 1) o
chamado divino - vinde após mim; 2) a preocupação divina - eu vos
farei;
3) a missão divina - pescadores de homens.
Não houve hesitação por
parte daqueles que ouviram o chamado. Eles, deixando logo ("imediatamente")
as suas redes, seguiram-no (20). Estes pescadores reconheceram que era a voz do Mestre que lhes falava, e obedeceram.
Um
pouco mais adiante, Jesus viu um barco de pescadores perto da praia. Nele
estavam Zebedeu e seus dois filhos, Tiago e João (21).
Eles estavam consertando as redes, preparando-se para outra noite de
pescaria. Jesus também os chamou para segui-lo. Da mesma maneira que
aconteceu com os outros dois, imediatamente - a palavra grega que também
significa “logo” (v. 20) - Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai,
seguiram-no (22). A repetição dessas duas palavras enfatiza o fato de que
se alguém vai seguir Jesus em período integral, deve deixar a sua ocupação
anterior.
E
um fato intrigante que Cristo tenha chamado quatro pescadores como os seus
primeiros discípulos. Ele ainda chama homens de todos os setores da sociedade
para pregar o Seu Evangelho. Ele precisa de homens firmes e corajosos, que
aprenderam a enfrentar as dificuldades com paciência e perseverança.
Estes
quatro homens são sempre citados em primeiro lugar nas listas dos doze apóstolos
(Mt 10.2-4; Mc 3.16-20; Lc 6.14-16; At 1.13). Três deles (Pedro, Tiago e João)
parecem ter sido particularmente íntimos de Jesus. Nós os vemos com Ele quando
ressuscitou a filha de Jairo, no Monte da Transfiguração, e no Getsêmani. Dois
deles, Pedro e João, estão fortemente associados nos capítulos iniciais de Atos
(por exemplo, 3.1; 8.14). Pedro foi o principal porta-voz do círculo apostólico,
tanto nos Evangelhos quanto em Atos. Foi ele que proferiu o Sermão do Dia de
Pentecostes (At 2). Tiago era evidentemente um líder reconhecido no grupo,
porque ele se tornou o primeiro mártir entre os apóstolos (At 12.2).
3.
As Primeiras Multidões (4.23-25)
Este parágrafo abrange uma afirmação muito breve de um
percurso pela Galiléia (23) que Jesus fez logo depois de alistar os seus
primeiros quatro assistentes. O seu ministério tinha três funções definidas: ensinar...
pregar... curar.
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