Auxilio Juniores L.05 – O amigo oculto.

Jesus e Nicodemos

Retirado do livro - Joao-O-Evangelho-Do-Filho-de-Deus: 
Myer-Pearlman.

I - Contato Pessoal: o Pesquisador Distinto (]o 3.,2 )
"E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus."
1Um líder religioso. Nicodemos era um fariseu, membro da fraternidade religiosa organizada sob juramento solene para observar escrupulosamente a lei e as tradições dos antigos. Era membro do "partido ortodoxoentre os judeus. Era um "principal", um membro do Sinédrio, da curte eclesiástica do mundo judaico. Foi esta corte que condenou Jesus à morte, da qual Saulo de Tarso era. mui provavelmente, membro.

2. Um inquiridor secreto. "Este foi ter de noite com Jesus". Fala-se da covardia de Nicodemos cm vir à noite. Devemos, no entanto, dar valor ao fato de ele ter procura­do a Jesus, mesmo daquele modo. Mais tarde, foi ele quem tomou sobre si a defesa de Jesus perante o Sinédrio (Jo 7.50,51) e ajudou a enterrar o seu corpo (Jo 19.39). Em ambos os trechos, João volta a se referir ao fato de Nicodemos ter vindo a Jesus, da primeira vez, à noite . Mostra, assim, que Nicodemos estava ficando mais firme na fé, chegando a demonstrar mais devoção do que os próprios discípulos que fugiram, quando veio ajudar a sepultar o corpo de Cristo.


3. Um inquiridor representativo. "Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer esses sinaique tu fazes, se Deunão for com ele". O plural "sabemos" permite- nos imaginar que talvez vários líderes religiosos, impressionados com os ensinamentos de Jesus querendo saber mais acerca dEle sem, no entanto criar uma sensação públicnem tomar partido publicamente, tivessem nomeado Nicodemos para ser uma "comissão de inquérito" de um só membro, de modo sigilos o (cf. Jo 1 2.4 2).

4. m a alma necessitada . As palavra iniciais de Nicodemos revelam várias emoçõelutando no seu íntimo, e a declaração repentina de Jesu(v. 3), longe de ser uma mudança de assunto, foi uma resposta não às palavras, mas sim ao coração de Nicodemos. Taipalavras revelam:
1) Fome espiritual: canseira com os cultos da sinagoga , se m vida espiritual, aos quais frequentava sem achar satisfação para a sua fome. Sente que a glória se afastou de Israel; que há falta de visão; que povo perece e que, por menos que Nicodemos saiba sobre Jesus, se os ensinos lhe penetraram o coração, e ele acha que os milagrede Jesus comprovam ser Ele Mestre vindo da parte de Deus. 2) Falta de profunda de convicção.

II - Explicação: o Novo Nascimento (Jo 3.3- 1O)
l. fato do novo nascimento. '"Jesus respondeu, e disse lhe : Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer d novo, não pode o reino de Deus". J e u s explica que Nicodemos não pode filiar­ se ao grupo dEle assim como uma pessofilia e a uma organização qualquer. Ser discípulo de Jesus depende do tipo de vida que se leva. causa de Cristo é a do Reino de Deus, onde não se pode entrar e m passar por uma transformação espiritual. Reino de Deus era bem diferente daquilo que Nicodemos imaginava, o modo de estabelece lo e de chamar pessoas serem seus cidadãos também.



2. Os meios do novo nascimento. “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Nascer da água significa passar por uma profunda experiência de purificação (cf. Ef 5.26). Nascer do Espírito significa passar por uma profunda experiência de receber a vida divina.
A alma humana precisa ser lavada de toda impureza e vivificada pela vida celestial, antes de estar pronta para o Céu. Deus nos salvou: 1) pela “lavagem da regeneração c 2) da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5).



3. A razão do novo nascimento. Jesus não procurou explicar o como do novo nascimento; explicou o porquê: “O que c nascido da carne c carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.” A carne e o Espírito pertencem a campos diferentes, e um não pode produzir o outro. A natureza humana pode gerar mais natureza humana, mas é somente o Espírito Santo que pode produzir uma natureza espiritual.

4. O mistério do novo nascimento. Embora como do novo nascimento esteja além do alcance do raciocínio humano, este mistério não precisa semotivo de tropeço para Nicodemos: "O vento assopra onde quer, e ouves sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito." Noutras palavras, o movimento do vento é algo muito real para nós , mas é misterioso além de nosso controle; assim também é a atuação do Espírito sobre a natureza humana.

Confirmação: a Base do Novo Nascimento (Jo 3.11-15)
Duas perguntas devem ter naturalmente ocorrido a Nicodemos: Como Jesus sabe destas coisas? O que Ele faz para levar as pessoas a experimentarem o novo nascimento?

1. A experiência espiritual de Cristo. “Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho” (o plural “nós” talvez indique a presença de alguns discípulos). Jesus, concebido mediante o Espírito Santo, batizado no Espírito, cheio do poder do Espírito, continuamente movido pelo Espírito, podia falar com autoridade cm matéria de Espírito. Que pena que tantos que professam ser seus seguidores tenham dogmatizado o assunto sem desfrutar das operações do Espírito cm seu íntimo!
“Se vos falei de coisas terrestres, c não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” Jesus explica a Nicodemos que, se ele se preocupa apenas com a forma e a matéria do novo nascimento, só poderia conversar sobre coisas terrestres porque, embora o nascimento espiritual venha de cima, ocorre na terra e faz parte dos fatos da vida. A explicação do “como” deste assunto tem a ver com os eternos propósitos de Deus (coisas celestiais), e Nicodemos não está pronto para tais ensinos, porque ainda não aceitou o fato da necessidade do novo nascimento (coisas terrenas).


2. A origem celestial de Cristo. “Ora ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu”. Cristo tinha estado no Céu antes de sua missão na terra, podendo, portanto, falar acerca de coisas celestiais a partir de uma experiência pessoal.
Embora “o Filho do homem, que está no céu”, estivesse na terra, seu lar real sempre foi o Céu, e são celestiais sua origem e natureza.
3. A obra expiatória de Cristo. Jesus já tratara de um erro fundamental de Nicodemos c dos seus companheiros: imaginavam que, pela sua conexão natural com o  povo escolhido, teriam de se filiar ao Reino de Deus; o Senhor Jesus, no entanto, declarou que devem entrar no Reino mediante o novo nascimento. Agora dissipa o segundo erro:  Nicodemos acreditava que o Messias, na sua vinda, seria “levantado” ou exaltado num trono, para salvar Israel da total derrota política. Jesus, no entanto, ensinou que, em primeiro lugar, o Messias teria que ser levantado de modo bem diferente: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” O Messias teria de ser levantado numa cruz para salvar a nação do perecimento espiritual.

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