O evangelho
frutificou e consolidou-se em Tessalônica, apesar de tudo cooperar para o
contrário: fuga de Paulo, multiculturalismo local, fortes perseguições sociais, introdução de falsos
pregadores. Como se pode explicar tal fato? Pela simples resposta: foi a
maravilhosa graça de Deus. A jovem comunidade cristã tessalonicense, apesar de
sua fragilidade doutrinária, conseguiu acessar o cerne da mensagem evangélica:
o amor. Eles não apenas compreenderam o cristianismo como vivência pura e
profunda do amor, como também experimentaram comunitariamente os efeitos de tal
verdade divina. Reflitamos sobre como crescer em comunhão intensa com Deus de
modo rápido, porém absolutamente sadio.
O “Fracasso” de Atenas, as Boas Notícias de
Tessalônica
O
que Paulo podia esperar depois da surra e cadeia em Filipos e da fuga repentina
de Tessalônica? Bem, se Paulo fosse um
de nós, talvez a confirmação de que a vocação para a Macedônia era um propósito
divinamente inspirado e não apenas um empreendimento humanamente falido. A
missão em Beréia serviria perfeitamente a essas expectativas; afinal de contas,
como nos narra Lucas, houve uma adesão coletiva daquela cidade à pregação de
Paulo (At 17.11,12). E que modo melhor de ratificar isso, senão por meio de uma
exitosa missão na celebrada Atenas?
Centro filosófico do mundo, ainda
naquele momento histórico, casa dos fatalistas estoicos e dos epicuristas
hedonistas, Atenas — numa análise humanamente fundada — seria uma ótima
oportunidade para chancelar o ministério de Paulo não apenas naquela região,
mas também em todo o mundo antigo. Entretanto, como bem se sabe, apesar do
emblemático discurso no Areópago (At 17), os resultados práticos foram
similares aos de Filipos e Tessalônica: numericamente inexpressivos; bem
diferente dos alcançados em Bereia.
Talvez, a maior lição transmitida por
Paulo em seu ministério macedônico seja esta: a presença de Deus na vocação
ministerial de uma pessoa não deve ser mensurada numericamente ou pela
popularidade que esta alcança, mas, sim, pela doação pessoal em tudo o que se
realiza. Como qualquer outra pessoa, a vida de um vocacionado é repleta de
altos e baixos, fracassos e vitórias. É ambiência contemporânea, moldada por
uma ambição perfeccionista, que nos impele a falsa crença de que só os
colecionadores de sucesso serão felizes. Devemos retornar, de maneira
insistente, aos princípios e pressupostos de Cristo, segundo os quais, mesmo em
meio as mais aparentes derrotas, muitas vezes, somos feitos vitoriosos por
Deus.
Falando em termos meramente humanos,
quem continuaria numa jornada tão desgastante como essa que Paulo empreendia
com seu grupo de amigos se não fosse pela presença fortalecedora de Deus? É a
graça cotidiana de Deus que aperfeiçoa nossos ministérios e continuamente
confirma, de modo especial a nós mesmos, o quanto nossas vocações são valiosas
para o Reino de Deus.
Os efeitos de uma hipotética desistência
de Paulo em sua missão macedônica são simplesmente inimagináveis para seu
ministério em particular, assim como as repercussões de tais acontecimentos
para o curso de todo o cristianismo primitivo. A boa notícia que nos relata a
história é que, mesmo diante de todas as adversidades, Paulo não desistiu.
A ambição dos negociadores de
adivinhações em Filipos (At 16.19), a inveja dos líderes judeus em Tessalônica
(At 17.5) e o achincalhamento dos filósofos atenienses (At 17.18) não foram
capazes de ofuscar a enorme alegria de Paulo por tudo aquilo que Deus estava
fazendo em sua segunda viagem missionária. Conforme argumenta Marques:
É
confiado em Deus que parte para Tessalônica, sabendo que ali Deus garantiria o
sucesso da missão tal como em Filipos. Isto nos diz que a fundação de
Tessalônica tem sua origem na confiança de Paulo em Deus. Como se convenceu
disto? Foi pelo resultado obtido, apesar de ser expulso, desta vez por manobras
de judeus. Em Atenas (1Ts 3,1), perante o fracasso no Areópago, vê com clareza
a mão de Deus em Tessalônica. Que tal esforço não fora inútil, os
tessalonicenses mesmos o confirmaram (1Ts 2,1). Esta confiança de Paulo em Deus
não nascera apenas na Macedônia, é claro. Dirá mais tarde, como em outras
ocasiões, que foi salvo por sua fé em Deus (cf. 2Cor 6,4-10; 11,23-28).
(MARQUES, 2009, p.24)
Assim, compreende-se que o conjunto de
vivências experimentadas por Paulo e sua equipe em todo o seu percurso
ministerial é fundamental para o crescimento do próprio apóstolo, de modo que o
acúmulo de aprendizagens fez, cada vez mais, a vocação paulina aperfeiçoada.
É nesse contexto da atuação em Atenas
que Paulo toma uma de suas decisões ministeriais mais acertadas junto à Igreja
em Tessalônica: o apóstolo resolve enviar Timóteo para visitar aquela
comunidade e trazer-lhe notícias. Por que o próprio Paulo não voltara à
Tessalônica? Porque, segundo ele afirma em 1 Ts 2.18, houve uma forte oposição
— não apenas circunstancial, física e material, mas também espiritual. O
missionário chega a nomear Satanás como o impedimento a seu retorno àquela
cidade. Para autores como Pastor (2009, p. 152), essa nomeação da malignidade
está associada à cultura apocalíptica da qual Paulo era participante. Sobre
esse impedimento satânico, afirma-nos Turrado:
[Paulo]
Não precisa como o impediu. Logo, não é necessário, ainda que não se exclua,
supor uma intervenção extraordinária ou milagrosa; bastam obstáculos naturais,
de ordem física ou moral, nos quais Paulo vê as mãos do demônio. Ele está
firmemente convencido, muito ao contrário do que praticamente às vezes nos
passa despercebido, da funesta ação do demônio, cujo triste papel é opor-se aos
interesses de Deus (Rm 16.20; 1 Co 7.5; 2 Co 2.11; Ef 6.11; 1 Tm 3.7).
(TURRADO, 1965, p. 650)
Para além de toda conjectura de
qualquer natureza, o que é mais relevante tratar nesse episódio do impedimento
paulino é o reconhecimento da existência de oposições que não são meramente
fruto do acaso, mas subordinadas a determinada causalidade malignas.
Paulo como um Formador de Novos Líderes
Em
1 Ts 3.2, somos informados de que Timóteo é enviado a Tessalônica não como um
estagiário em missão de representação de seu líder, mas como um ministro
revestido de autoridade e responsabilidade sobre um determinado grupo de
irmãos. Como já afirmamos anteriormente, essa é uma atitude absolutamente
acertada para ambos os lados, isto é, tanto Timóteo, que teve a oportunidade de
vivenciar uma riquíssima experiência pastoral ainda muito jovem, quanto a
comunidade dos tessalonicenses, que foi confortada e animada por meio da
palavra anunciada.
Para a maioria dos comentadores,
Timóteo tinha entre 20 e 30 anos quando foi enviado em missão à Igreja de
Tessalônica. Quais eram os riscos que tal atitude de Paulo poderia produzir
para a vida de Timóteo? Inúmeros. Em primeiro lugar, a própria morte. O clima
em Tessalônica estava absolutamente hostil; tanto os religiosos judeus quanto
os desordeiros que havia naquela cidade realizaram uma verdadeira caçada a
Paulo e seus amigos, tanto que alguns irmãos sofreram perseguições e prisões
ainda com Paulo em Tessalônica (At 17.6), e, mesmo depois de terem saído da
cidade, a equipe missionária ainda foi perseguida de maneira insistente, a
ponto de terem de fugir de Bereia também (At 17.13-15).
Havia, de fato, um risco de morte, não
apenas pela oposição dos religiosos e baderneiros, mas também do próprio
império romano, uma vez que a acusação que pesava sobre os missionários era de
insurreição. Os religiosos recorreram às autoridades romanas sob a alegação de
que Paulo e sua equipe proclamavam outro rei em terras tessalonicenses, Jesus
(At 17.7). Ora, esta fora a mesma acusação segundo a qual o próprio Cristo
acabou sendo crucificado.
Se o risco de morte for desconsiderado
de modo arbitrário, ainda persistem as possibilidades de perseguição, prisão,
espancamento, etc., que já eram reais durante a ação ministerial de Paulo e que
continuavam, pois a distância temporal da fuga apostólica para o retorno de
Timóteo era muito curta.
Além de todos os riscos de integridade
física que Timóteo corria, ainda havia a possibilidade de tudo se complicar
ministerialmente. Bastaria os tessalonicenses rejeitarem a juventude do
auxiliar de Paulo, ou, quem sabe, de modo justificado, sua inexperiência, e a
trajetória ministerial de Timóteo sofreria um revés, talvez, insuperável.
É necessário lembrar que, além dos
problemas sociais — que se concretizavam por meio da oposição comunitária que
se constituía —, a Igreja tessalonicense enfrentava uma consistente crise doutrinária,
especialmente com relação a questões escatológicas, as quais repercutiam em
problemas relacionais. Era, então, necessário um pastor habilidoso, que
soubesse, ao nível dos tessalonicenses, transmitir as verdades ainda não
compreendidas por eles.
Timóteo foi o homem certo para a missão
de retorno a Tessalônica. As qualidades deste auxiliar de Paulo podem ser
avaliadas a partir do versículo 2, quando o apóstolo define-o por meio de dois
termos de designam positivamente duas áreas diferentes da vida do jovem pastor:
irmão e cooperador . Enquanto trato pessoal, Paulo tinha total confiança em
Timóteo, tanto que o tratava como irmão — em outros contextos, anos à frente,
Timóteo será amorosamente chamado de filho; nas circunstâncias que envolviam a
Igreja em Tessalônica, ele recebe uma denominação que denota sua proximidade a
Paulo não apenas nas relações pessoais, mas também na responsabilidade
ministerial. Já com relação ao perfil vocacional, Paulo testemunha que seu
amigo não é um inexperiente neófito, e sim um qualificado colaborador do Reino
de Deus. Sobre a confiança de Paulo em Timóteo e as qualificações deste, afirma
Pastor:
O
apóstolo sabe das dificuldades e dos problemas dos tessalonicenses (cf. 1 Ts
1,6; 2,14; 3,1-5) e, uma vez que ele não pode ir pessoalmente para ajudá-los e
sustentá- los, enviou seu colaborador Timóteo com esse encargo e com o de
informar-lhe a situação da comunidade. Por esse motivo, vemos uma primeira
qualificação deste personagem em tom altamente positivo; Paulo chama-lhe, além
de irmão, de nada menos que colaborador de Deus na pregação do evangelho,
indicando como Deus não atua de forma separada da ação humana, ainda que não
seja uma colaboração no mesmo nível (cf. p.e. Rm 10,14-15). (PASTOR, 2009, p.
154)
A relação do apóstolo com o jovem
obreiro era muito estreita, tanto que, ao afirmar que era necessário o envio de
Timóteo à Tessalônica, Paulo declara em 1 Ts 3.1 que ficou, literalmente,
“abandonado”, “sem ajuda”. Não temos acesso aos pormenores da visita e nem ao
ambiente de recepção do jovem missionário; entretanto, as palavras de Paulo
registradas em 1 Ts 3 demonstram o sucesso do envio. Nas palavras do apóstolo,
usando um trocadilho que, em língua portuguesa, se perde, mas que fica muito
claro no grego, ele afirma no versículo 6: “Vindo, porém, agora, Timóteo de vós
para nós e trazendo-nos boas novas da vossa fé e amor”; ou seja, Timóteo, ao
regressar de Tessalônica, trouxe tão ricas notícias por meio das quais
“evangelizou” Paulo acerca da fé e do amor dos tessalonicenses. As informações
de Timóteo eram muito confortantes a Paulo, analogamente, assim como o
evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo foi confortante aos tessalonicenses.
Paulo e o Ministério como Motivação para a Vida
Cotidiana
Em
1 Ts 3.8, temos uma das declarações mais pastorais de todo o Novo Testamento.
Paulo literalmente diz nesse texto que a continuação da vida tornou-se muito
mais leve e sem o peso da culpa por meio da maravilhosa notícia de que os
tessalonicenses permanecem firmes na vocação da salvação que lhes foi
anteriormente anunciada pelo missionário.
A amabilidade desse texto surpreende
qualquer leitor de outras cartas paulinas, nas quais, apesar de toda atenção e
cuidado, em nenhuma se registra tamanho afeto. Nessa pequena declaração, Paulo
está afirmando o quanto foi angustiante ficar sem notícias daquela jovem
comunidade; desse modo, diante do retorno de Timóteo, o ânimo novamente se
recobrou no coração do apóstolo.
Ao refletirmos sobre o relacionamento
de Paulo com a Igreja de Tessalônica, deparamo-nos com um modelo de liderança
muito distante das práticas eclesiástico-empresariais dos dias atuais. Quem
atualmente investiria tempo e pessoal numa localidade extremamente avessa ao
evangelho? Basta analisar o quanto a igreja contemporânea investe em templos
suntuosos em comparação ao que envia para os trabalhos missionários em países
avessos ao cristianismo.
Imaginemos a revolução missionária que
aconteceria ao invertermos a balança de prioridades da igreja contemporânea;
quantos missionários seriam enviados, quantos cristãos oriundos de países
fechados ao evangelho receberiam treinamento de qualidade para atuarem
novamente em suas culturas, quantas bíblias poderiam ser traduzidas,
reproduzidas e distribuídas. Infelizmente, tudo isso hoje é dissolvido em
mármore para templos nababescos, atividades para entretenimento de cristãos
ociosos e jatinhos para líderes gananciosos.
Lembremos que Tessalônica era um desses
lugares ostensivamente contrários à pregação do evangelho; onde se formou uma
pequena comunidade de novos cristãos; contudo, era para lá que as orações de
Paulo estavam direcionadas; era para lá que seu coração pulsava. É necessário
reconhecermos que os fundamentos do Reino são completamente diferentes das
regras dos negócios religiosos de hoje.
Em muitas instituições religiosas, se
determinada igreja local seguidamente não “atingir a meta” de seus desafios
financeiros de arrecadação monetária impostos pela igreja matriz, ela corre o
risco de simplesmente ser fechada, a despeito das pessoas ali congregadas.
Nesse tipo de compreensão da espiritualidade, não há espaço para a visão de
amor ou misericórdia; o que impera é o pragmatismo financeiro, de tal modo que,
diante do fracasso dos objetivos materiais, não há qualquer preocupação
espiritual ou com pessoas.
Segundo essa lógica, mata-se e
morre-se, e mais se mata do que se morre, pelo poder de grandes catedrais, de
grandes aglomerações humanas; não por amor às almas perdidas, mas por ambição
das vidas sem sentido, as quais, na busca desenfreada por paz interior, são
capazes de embarcar na ilusão de investir financeiramente para comprar tal
condição.
Precisamos urgentemente de pastores
como Paulo.
Paulo e o Rogo pelos Tessalonicenses
Diante
do retorno de Timóteo, do anúncio das boas notícias vindas da parte dos
tessalonicenses, Paulo, o apóstolo, faz um rogo a Deus por aqueles novos
irmãos. A importância de destacar-se aqui tal pedido deve-se à natureza desse
tipo de clamor intercessório. O rogo, déomai em grego, diz respeito à oração que se faz com
insistência, em virtude de uma falta estrutural. Desse modo, podemos
compreender que Paulo, diante das impossibilidades que se impunham, assume suas
limitações, suas carências, e roga ao Pai, ou seja, àquEle que é poderoso, para
fazer algo em favor dos tessalonicenses.
Uma atitude de oração tão intensa
demonstra o quanto Paulo estava preocupado com a situação dos tessalonicenses.
Assim, pode-se supor que, se havia paz e firmeza em Cristo no interior da
igreja, no entorno desta, isto é, na sociedade na qual a comunidade estava
inserida, a situação era muito complicada.
Outra causa do rogo intercessório de
Paulo, como defende Boor, é o fato das naturais deficiências ainda existentes
na fé dos tessalonicenses. Segundo esse autor:
Igualmente
se explicita que a “fé”, que está em jogo durante toda a vida cristã, não é uma
fé pronta. Embora surgisse em Tessalônica por meio da atuação do próprio Deus e
agora tivesse sido aprovada em duras tribulações, ela não obstante apresenta
“deficiências”. Como é bom que isso pode ser dito tranquilamente aos
tessalonicenses, sem “magoá-los”! (BOOR, 2007, p. 30)
A compreensão desse universal e
insuperável déficit de fé é algo que nos ajuda a reconhecer o que somos com
maior naturalidade: seres em constante transformação, obras de Deus inacabadas,
imperfeições ambulantes em contínuo aperfeiçoamento. Essa condição de
crescimento foi posteriormente citada por Paulo ao escrever para os colossenses
por meio da metáfora do corpo ligado à cabeça (Cl 2.19).
A assertiva paulina sobre a deficiência
na fé tessalonicense não é uma crítica, mas, antes, o registro de uma questão
que era completo consenso para aquela igreja cristã e seu pastor: nada em nós
está completo; tudo precisa ser cotidianamente melhorado: a salvação
operacionalizada (Fp 2.12); virtude, conhecimento, domínio próprio, paciência,
santidade e amor fraternal constantemente acrescidos de maneira recíproca (ver
2 Pe 1.5-7); e o próprio amor cada vez mais aumentado (1 Ts 3.12; 4.9,10).
A Causa e a Finalidade do Amor dos Tessalonicenses
Foi
para uma vida centrada no amor que os tessalonicenses foram vocacionados. A
vivência desse amor, como atesta Paulo em 1 Ts 3.12, não deveria ser algo
egoísta ou centrado apenas nas pessoas que aderiram à fé na pequena comunidade
cristã, mas, pelo contrário, a prática fraternal deveria ser para com todos
daquela cidade, inclusive para os inimigos da fé.
Deve-se destacar que, quando Paulo ora
a Deus e roga o aumento do amor entre os tessalonicenses, esse amor que Deus
acresce é, textualmente, o agápe (v.
12); já em 1 Ts 4.9,10, quando o apóstolo elogia o amor fraterno vivenciado e
praticado por aquela jovem igreja, cuja repercussão já atingia toda a Macedônia
e que só deve ser aumentado cada vez mais por eles, o termo grego para designar
esse amor é philadelfia.
Dessa maneira, não importa o nível ou tipo de amor que vivenciamos; devemos
aspirá-lo e promovê-lo continuamente.
Este amor divinamente inspirado que
aumentou e multiplicou-se entre os tessalonicenses é a causa e a finalidade da
existência daquela comunidade. Se não fosse o amor de Deus por aqueles frágeis
irmãos, a Igreja em Tessalônica não teria subsistido diante de tamanhas
perseguições e oposições. Se não fosse o verdadeiro amor dos tessalonicenses a
Jesus, estes jamais teriam abandonado os ídolos tradicionais de sua cultura
pagã para vivenciar a radicalidade do evangelho. Foi o amor fraternal entre os
irmãos de Tessalônica que fortaleceu mutuamente aquela jovem comunidade, a
ponto de juntos superarem os desafios ao estabelecimento da sua fé. Mediante o
amor aos demais habitantes daquela cidade, o testemunho daqueles irmãos
ultrapassou os limites da cidade e espalhou-se por toda a província. Poderoso e
inigualável amor.
Conclusão
Sem
amor, toda e qualquer intenção humana facilmente transitará entre a ganância e
o animalesco instinto de sobrevivência. Foi para amar que fomos salvos, para
viver em amor, para existir pelo amor. Que a experiência mais extraordinária da
vida cristã — amar — seja uma realidade em nossas vidas.
O Padrão dos Tessalonicenses para estes Últimos Dias
Thiago Brazil
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