Lucas 2.21-24, 39-52
2.21 Todo menino judeu
era circuncidado e batizado no oitavo dia depois do seu nascimento (Lv 12.3; Lc
1.59,60). A circuncisão simbolizava a separação dos judeus dos gentios e o seu
relacionamento exclusivo com Deus (Gn 17.9-14). Assim, quando os
oito dias foram cumpridos, Maria e José levaram o menino para a
circuncisão. Foi lhe dado o nome de Jesus, como o anjo tinha
dito a Maria (1.31). Eles não foram a Jerusalém para esta cerimônia; em lugar
disto, um sacerdote local provavelmente a realizou.
2.22-24 Durante quarenta dias depois do nascimento de um filho, e
oitenta dias depois do nascimento de uma filha, a mãe estava cerimonialmente
impura e não podia entrar no Templo. A oferta de purificação era feita
no final do período de separação. Maria e José deveriam trazer uma oferta - um
cordeiro para uma oferta de holocausto e uma rola ou um pombo como oferta pelos
pecados. O sacerdote sacrificaria estes animais e declararia a mulher como
pura. Se um cordeiro fosse muito caro, a lei dizia que os pais poderiam
oferecer em sacrifício um par de rolas ou dois pombinhos.
Além
da oferta da purificação, outra cerimônia era realizada. Um primogênito era
apresentado a Deus um mês depois do seu nascimento (Êx 13.2, 11-16; Nm
18.15,16). A cerimônia incluía a compra da criança de volta - "remir"
- da parte de Deus, por meio de uma oferta. Assim, os pais reconheceriam
que o filho pertencia a Deus, que é o único que tem o poder de dar a vida.
Lucas explicou ao seu público gentio que este mandamento vinha da lei de
Moisés (veja Êx 13.2, 12, 15; Nm 18.15). Assim, Maria e
José o levaram
a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor.
Embora fosse o Filho de Deus, ele aprendeu, por meio dos seus
sofrimentos, a ser obediente" (Hb 5.8).
5.8 Nos reinos de qualquer regime antigo, nenhum príncipe
sofre; o príncipe da coroa é especialmente criado e preparado para o reinado.
Mas Jesus, embora fosse o Filho de Deus, aprendeu a obediência, por
aquilo que padeceu. A lição desconcertante deste versículo é que Deus mesmo,
nascido de ascendência humana, realmente aprendeu algo em meio ao sofrimento
que passou. O Deus onisciente precisava aprender? Jesus aprendeu sobre a
condição humana. Este conhecimento trouxe mais compaixão do que inteligência,
mais identificação pessoal do que informação mensurável.
Como Jesus, os crentes frequentemente aprendem a
obediência através do sofrimento (veja 12.2-11). Este exemplo de Cristo
encorajou os leitores a permanecerem firmes e a não se desviarem da fé em
períodos de sofrimento. Assim como Cristo foi aperfeiçoado através de seu sofrimento, os cristãos também o
serão.
Comentário extraído
do livro: Comentário do novo testamento aplicação pessoal.
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