Texto Bíblico Lucas 7.36 – 50
7.36 Embora Jesus realmente comesse com os
publicanos e outros que a elite religiosa considerava "pecadores"
(5.29,30; 7.34), ele também foi comer com um fariseu (veja também 11.37;
14.1). Este fariseu se chamava Simão (7.40). Quando os convidados chegavam a
uma casa, eles removiam as suas sandálias e os seus pés eram lavados por
criados.
7.37 Esta mulher pecadora, que pode ter sido uma
prostituta, foi ver Jesus. Uma refeição como esta não era uma ocasião privada;
as pessoas podiam entrar, sentar-se à
volta, ver o que estava acontecendo e
ouvir as conversas. Assim, esta mulher pode ter entrado, mesmo tendo uma
reputação desfavorável e não sendo necessariamente bem-vinda em meio a estas
pessoas. Assim sendo, ela provavelmente precisou ter muita coragem. A mulher levou
um vaso de alabastro com unguento. Muitas mulheres judias usavam um pequeno
frasco de perfume em um cordão ao redor do pescoço. Este vaso com unguento deve
ter tido um grande valor para esta mulher.
7.38 Embora a mulher não fosse uma
convidada, ainda assim ela entrou na casa e ajoelhou-se por detrás de
Jesus, aos seus pés. As pessoas estavam reclinadas para comer, de
modo que a mulher ungiu os pés de Jesus sem aproximar-se da mesa. Ela começou a
chorar, e a regar-lhe os pés com lágrimas, e os enxugava com os
cabelos. Esta mulher compreendeu que Jesus era muito especial. Talvez. ela,
como uma pecadora, tivesse vindo a Jesus com grande tristeza pelos seus
pecados. Talvez. ela tivesse seguido João Batista e tivesse confessado os seus pecados. Ela pode ter estado
entre a multidão que vinha seguindo Jesus, e que veio a crer nele. Ela pode ter
vindo a Jesus agradecida por ter sido perdoada, e por isto ofereceu a Ele o seu
unguento caro. Lavar os pés de Jesus era um sinal de profunda humildade - este
era o trabalho de um escravo.
7.39
O fariseu levantou os olhos da sua comida e viu
isso - isto é, viu esta mulher de má reputação em sua casa, perto da sua
mesa, chorando e derramando unguento nos pés do seu convidado. Qualquer rabino
que se preze teria percebido a natureza pecadora desta mulher e evitado ser
tocado por ela
- pois ser tocado por um pecador poderia tornar Jesus
impuro, e os fariseus evitavam qualquer contato com a "impureza''. Este
fariseu concluiu: "Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe
tocou", e lhe teria dito que fosse embora.
Este
líder religioso não tinha interesse pela situação difícil da mulher, nem o
desejo de ajudá-la a sair de sua vida pecadora, e nem de ajudá-la a se tornar
uma judia melhor. Em lugar disto, ele a julgava como uma pecadora, a
empurrava para um lado e esperava que qualquer outro rabino (e especialmente
algum que fosse um "profeta'') fizesse a mesma coisa.
7.40Jesus conheceu os pensamentos do
fariseu e, respondeu a eles (veja também 5.22; 6.8). Simão já tinha
feito um julgamento de Jesus e provavelmente também se sentia moralmente
superior a Ele. Mas Jesus tinha pedido pela sua atenção, e Simão agiu como um
bom anfitrião. "Dize, Mestre", disse ele.
7.41-43 Este credor tinha um homem que lhe
devia quinhentos dinheiros e outro que lhe devia cinquenta. Não
seria difícil para Simão ver qual devedor amaria mais o credor, se ele perdoasse
a ambos. Jesus disse: "julgaste bem".
7.44-46
Simão tinha cometido diversos erros
sociais ao recusar água para os pés de Jesus (uma cortesia oferecida aos
convidados, porque os pés nas sandálias ficavam muito sujos), recusar lhe o 6sculo
(beijo) de saudação e não ungir a sua cabeça com 6leo. A mulher
pecadora, por outro lado, esbanjou lágrimas, unguento caro e beijos em Jesus.
Nesta história, é a prostituta agradecida - e não o fanático líder religioso -
que tem os seus pecados perdoados.
7.47 O ato de humildade
e amor desta mulher mostra que ela tinha sido perdoada. Jesus não
ignorou os seus pecados. Na verdade, Ele sabia que esta mulher era pecadora
(7.39), e sabia que os seus pecados eram muitos. Mas o fato de que os
seus muitos pecados fossem perdoados provocou nela um transbordamento de muito
amor por Jesus. Não foi o amor da mulher que lhe trouxe o perdão, porque
ninguém consegue conquistar o perdão como um pagamento ou recompensa. A sua fé
em Jesus, apesar dos muitos pecados que ela já havia cometido, é que a salvou
(7.50). Em contraste, as pessoas fanáticas, como Simão, sentem que não têm
pecados que necessitem de perdão, portanto
elas têm também pouco amor para mostrar por isto.
7.48
Embora
seja a graça de Deus, por meio da fé, que salva, e não atos de amor ou
generosidade, os atos desta mulher demonstraram a sua fé verdadeira, e Jesus
honrou a sua fé dizendo a ela, de modo
claro: "Os teus pecados te são perdoados".
Jesus deu apoio a esta mulher, e
tratou-a com dignidade. Os crentes precisam demonstrar um comportamento
semelhante ao do Senhor Jesus ao tratarem com as pessoas.
7.49,50
Os fariseus acreditavam que somente
Deus podia perdoar pecados, de modo que se perguntavam por que este homem,
Jesus, estava dizendo que os pecados da mulher estavam perdoados. Eles começaram
a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados? Eles não compreenderam o fato de que
Jesus era Deus e, portanto, tinha a autoridade para perdoar pecados. Mas Jesus
simplesmente olhou para a mulher e disse: "A tua fé
te salvou; vai-te em paz". A humildade desta mulher não a salvou,
nem as suas lágrimas nem o seu unguento caro. Foi a sua fé, a sua
completa confiança na única pessoa que podia perdoar os seus pecados e
salvá-la. Quando as pessoas confiam em Cristo, Ele transforma as suas vidas, as
liberta do pecado e lhes dá paz com Deus.
Extraído
do livro comentário bíblico pentecostal.
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