Lição 4 Primários - Os Anjos Anunciam o Nascimento de Jesus aos Pastores .

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 2.8-20



Grande Alegria (Lc 2.8-12)
Não apareceram os anjos a orgulhosos fariseus, nem a saduceus mundanos, nem a formais escribas, mas a humildes pastores. Os pastores frequentemente aparecem na Bíblia. Moisés e Davi receberam sua vocação enquanto cuidavam de ovelhas. Uma das mais belas descrições de Deus é a de Pastor (SI 23). O Salvador do mundo é comparado ao bom pastor que deixa noventa e nove ovelhas no curral para procurar uma que se perdeu. Portanto, nada mais apropriado fosse o anúncio do nascimento do Cordeiro de Deus feito a pastores.
Mas, por que a estes pastores especificamente? Sem dúvida, havia virtude de caráter nestes homens, porque, na
Bíblia, v1soes e revelações usualmente são concedidas a pessoas preparadas. Certamente eram homens tementes a Deus. O anjo encontrou-os ocupados. Deus manifesta-se às pessoas que diligentemente cumprem os seus deveres.
1.    A confiança outorgada. "Não temais". O anjo tranquilizou os pastores a fim de que pudessem escutar com calma a mensagem. O homem enche-se de terror diante do sobrenatural - medo às vezes inspirado pelo sentimento de culpa. Cristo, porém, veio libertar-nos de nossos medos. O medo escondido no fundo do ser é removido na Encarnação. O sorriso de Jesus dissipava os temores dos homens, fazendo-os desaparecer em risos. Era sua exortação comum: "Não temais". Ele veio ao mundo dissipar o abatimento, o desânimo, o pessimismo e o terror. Ainda hoje, fala à alma perturbada: "Não tema".
2.    A explicação. "Eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo". É bom exortar pessoas a não terem medo; melhor ainda é dar-lhes razão para não temer. Os pastores não deviam temer, porque a mensagem do anjo não era aterrador juízo, mas boas novas - literal­ mente "evangelho" - de Deus.
Ameaças de juízo são necessárias aos que não se arre­ pendem; mas lembremos ser o Evangelho acima de tudo boas novas - o perdão gratuito oferecido por Deus. Estas boas novas trazem "grande alegria" a todos os povos. É lastimável a idéia de que o Evangelho torna as pessoas tristes e sombrias. Cristo veio ao mundo para trazer a alegria de viver - a vida abundante.
3.    A declaração. "Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor". Salvador, Messias e Senhor são os nomes dados ÀquEle tão esperado por Israel.
3.1.    Salvador. Judeus esclarecidos esperavam fizesse o Messias dupla libertação: uma espiritual, com o perdão dos
pecados (Ez 36.25-29), e outra política, com a restauração
nacional (Ez 27.22-28). Esta esperança vinculava-se ao Menino nascido da casa de Davi (Is 9.6,7), e cumpriu-se quando o anjo anunciou a José: "E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt 1.21). "Jesus" quer dizer "salvação".
1.1.     Cristo (ou Messias). Cristo é o Ungido de Deus: Profeta para iluminar o povo, Sacerdote para purificá-lo e Rei para governá-lo. As esperanças de libertação do peca­ do, sofrimento e opressão reúnem-se em torno da palavra "Messias".
1.2.      Senhor. Esta palavra descreve o Menino recém­ nascido como aquEle diante de quem se curvará todo joelho, e toda língua confessará Senhor (Fp 2.9-11). Chamá-lo Senhor é atribuir-lhe divindade (1 Co 12.3; cf. Mt 16.16,17).
4. O sinal. "E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura". A cena incomum de um recém-nascido deitado numa manjedoura confirmaria a mensagem do anjo. Tal lugar era impressionante contraste à declarada glória do Menino.

. Grande Paz (Lc 2.13,14)
"E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens". Quadros há que representam os anjos flutuando, mas é possível que tivessem formado fileiras em torno dos pastores para cantar.
Era natural fosse o advento de Cristo acompanhado por anjos. Estes seres celestiais interessam-se pela história e bem­ estar da raça humana. Eles inquirem com celestial curiosidade acerca do relacionamento entre Deus e o homem (1 Pe 1.12), admiram a sabedoria com que Ele o trata (Ef 3.10), regozijam-se quando as pessoas se arrependem (Lc 15.10) e
ministram a elas em suas necessidades (Hb 1.14). Assim
como cantavam e se regozijavam na criação do mundo (Jó 38.7), regozijam-se agora com a esperança da redenção.
"Glória a Deus nas alturas, paz na terra". As hostes celestiais louvam a Deus pelo maravilhoso amor dedicado à humanidade, e proclamam os resultados do advento de Cristo:
1.    Glória a Deus. Cristo glorificará a Deus no grau máximo ao dar ao mundo a grande manifestação da sua natureza (Jo 1.1,14; 2 Co 4.6).
2.   Paz na terra. Centenas de anos antes, o profeta anunciara o título de "Príncipe de Paz" àquEle que haveria de ser o Salvador do mundo. Cristo veio estabelecer a paz entre o homem e Deus, entre homem e homem, e do homem consigo mesmo. Assim, restaurou os relacionamentos
estragados pelo pecado (Ef 2.14).

Comentário extraído do livro:  Lucas, O Evangelho do Homem Perfeito.../
Myer  Pearlman.

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