(1 Co 4. 14 – 16)
1ª Parte
Organização é ordem. É método no trabalho, no viver, no agir e em tudo mais. A
organização permeia toda a criação de Deus, bem como todas as suas coisas. A
desorganização e a desordem destroem a vida de qualquer pessoa, igreja ou
organização secular. Por seu turno, o crescimento sem ordem é aparente e infrutífero.
Sim, porque toda energia sem controle é prejudicial e perigosa. Pode haver
muito esforço e nenhum crescimento real, porque a desorganização aniquila os
resultados positivos surgidos.
Uma vez que a ordem permeia o universo de Deus, temos base para crer que
o céu é lugar de perfeita ordem. Leis precisas e infalíveis regulam e controlam
toda a Natureza, desde o minúsculo átomo até os maiores corpos celestes.
I. Organização na Bíblia
Organização na Bíblia
A. Na Igreja. Todos os símbolos bíblicos da Igreja
falam de organização, ordem, método.
Ela é comparada a:
2. Um corpo (1 Co 12.27;
Cl 1.24).
3. Uma lavoura (1 Co 3.9).
6. Um jardim (Ct 4.16).
8.
Um castiçal ou candeeiro (Ap 1.20).
B. Em Israel
1.
A perfeita ordem das tribos no acampamento (Nm 2).
A ordem não impedia a manifestação da glória divina
no Santo dos Santos; ao contrário, se as prescrições divinas fossem
negligenciadas, o castigo era certo. Lemos em Levítico 1.6,8,12, dos sacrifícios “em ordem”
no altar.
C. Quanto ao Senhor Jesus Cristo (Mc 6).
Trata-se do milagre da multiplicação dos pães, quando milhares foram
alimentados no deserto. Antes de Jesus realizar o milagre, ordenou aos discípulos
que fizessem a multidão sentar em grupos de 100 e 50 pessoas. Quando o povo
estava em ordem, Jesus então realizou o estupendo milagre, sendo todo o povo
alimentado e restando ainda muito alimento. Atualmente, em muitas igrejas o
Senhor deixa de operar milagres e alimentar espiritualmente a multidão, devido
a irreverência e confusão que derivam da desorganização na reunião. Não é só a
desorganização material, mas também a espiritual, transformando o culto num
“sacrifício de tolos” (Ec 5.1).
Compete aos discípulos cuidar da organização necessária; ver também Lucas 9.14,15.
II. A organização geral da Escola
Dominical
Tem forma tríplice. Ela é pessoal, material e
funcional.
A. A organização pessoal
1.
Dirigentes da Escola Dominical. É a diretoria da Escola, da qual logo falaremos.
2.
Professores da Escola Dominical. É o corpo docente da Escola. Têm sobre si a maior responsabilidade,
pois lidam diretamente com o aluno e com o ensino.
3.
Alunos da Escola Dominical. É
o corpo discente da Escola. É a “matéria prima” da mesma. A escola existe para
atender as necessidades dos alunos.
B. A organização material
1. O prédio. A Escola Dominical deve funcionar em instalações apropriadas à escola,
tendo salas de aula independentes. Uma das leis do crescimento da Escola
Dominical afirma:“A Escola Dominical crescerá enquanto houver espaço para as
classes.”
2. O mobiliário. Deve ser apropriado aos fins e de conformidade com a idade dos alunos.
3. O material didático. Comumente chamado literatura. Abrange as diferentes revistas
de aluno e
professor, bem como o respectivo material de apoio, obedecendo a um currículo bíblico,
de acordo com o agrupamento de idade escolar dos alunos.
Todo o
material didático deve ser utilizado de acordo com os métodos de ensino compatíveis
a cada agrupamento de idade dos alunos.
C. A organização funcional.
Trata do funcionamento da Escola Dominical, visando à
consecução de seus objetivos, conforme o exposto no Capítulo II desta Unidade.
Grande responsabilidade têm aqui o pastor da igreja e a diretoria da Escola. A
organização funcional cuida da:
1.
Espiritualidade. A
vida espiritual compreende o estado da escola quanto à oração, conduta cristã,
santificação bíblica, consagração a Deus e predomínio do Espírito Santo.
2.
O ensino da Palavra. Estudo
e ensino da Palavra, livre de extremismo, modernismo,
fanatismo,
doutrinas falsas, etc. Aqui, segundo a promessa divina em Isaías 55.11, os
frutos com toda certeza surgirão.
3.
Eficiência. Aqui, a
Escola cuida em prover abundante ensino através de professores boas coisas podem influenciar temporariamente apenas.
Tais
coisas jamais serão suficientes em si, mas, podem ser vitalizadas e dinamizadas
pela ação poderosa do Espírito Santo. É aí que está a diferença. É oportuno
dizer que o Espírito Santo tem uma afinidade especial com a mente treinada,
quando santificada.
4.
Planejamento. De nada
adianta muita organização e preparo, sem a operação do Espírito Santo. Dons
naturais, personalidade atraente, eloquência, boa dicção, cultura erudita e
outras vozes, ajudando na parte musical do
culto infantil, etc. Uma coisa é certa: havendo holocausto a Deus, haverá também
muita música! (2 Cr 29.27).
III. A diretoria da Escola Dominical
Uma Escola Dominical deve ter uma
diretoria para cuidar da sua administração, segundo as diretrizes do pastor da
igreja. Os membros da diretoria:
A. Superintendente. Nas escolas filiais é chamado dirigente.
Na sede, o superintendente, regra geral, é também o dirigente local.
B. Vice-Superintendente. Nas escolas filiais é chamado vice
dirigente.
C. 1º Secretário. Quando os dois primeiros acima
mencionados não comparecem, o 1º secretário assume a direção dos trabalhos,
conforme as normas locais.
D. 2º Secretário. Os secretários devem ter auxiliares,
dependendo do tamanho e movimento da escola.
E. Tesoureiro. Deve ser pessoa competente e recomendada
por todos para tal mister.
F. Bibliotecário. Um bibliotecário competente na sua função
é uma bênção para a Escola Dominical. Logo mais falaremos da biblioteca da
Escola Dominical.
G. Dirigente Musical. As atividades musicais da escola não são
apenas a execução e a regência do canto congregacional, conjunto musical, etc.
O dirigente musical trabalha também no setor infantil, no ensino do canto,
ressaltando a importância do louvor, ensaiando programas musicais, preparando números
especiais a diferentes idôneos,
espirituais, treinados, cheios do Espírito Santo e zelo pela obra de Deus. Não
confundir idôneo com idoso. A eficiência é vista através do crescimento da
Escola Dominical, em todos os sentidos.
H. Porteiros e Introdutores. Podem ser os mesmos que já servem à igreja. São
muito necessários na Escola Dominical, na orientação geral de alunos e
visitantes. Falando de porteiros e introdutores ou recepcionistas numa Escola
Dominical, lembremo- nos que o povo entra onde é convidado, e fi ca onde é bem
tratado. Ninguém é obrigado a ficar num lugar onde não é bem recebido nem bem
tratado. O dirigente da Escola Dominical precisa pensar nisso. Os membros da
diretoria da Escola Dominical são conhecidos como dirigentes da Escola
Dominical. Seu número depende do tamanho da escola. Numa escola pequena, um
obreiro pode acumular funções. Organização excessiva numa escola pequena é
contraproducente; já passa a ser formalidade.
Repetimos: a diretoria da Escola Dominical tem grande
responsabilidade.
Diz a Palavra: “Não havendo sábia direção o povo cai” (Pv 11.14; Ec 10.16; Rm 12.8). A diretoria da
Escola deve reunir-se uma vez por mês para tratar de assuntos gerais do
trabalho e observar o estado geral da Escola. Tal reunião não pode ser casual,
nem realizada às pressas, se a Escola Dominical quer de fato ser a escola de
instrução bíblica da igreja.
A revista Ensinador Cristão publicará uma sequências de artigos do pastor Antonio Gilberto sobre a Organização e Administração da ED.
Extraído da
Revista Ensinador Cristão.
Pedidos pelo
0800-021-7373 ou pelo site www.cpad.com.br
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