O primeiro registro de comunicação entre o Criador e aqueles
que Ele criou à sua imagem acha-se em Génesis 1.28: “E Deus os abençoou e Deus
lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e
dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal
que se move sobre a terra”. Foi Deus quem tomou a iniciativa, dirigindo a
palavra à humanidade, estabelecendo assim um princípio fundamental: ouvir a
Palavra de Deus (tomar conhecimento de sua vontade) é pelo menos tão importante
quanto dirigirmos a Ele nossas preocupações — e talvez implique em maior
consequência.
Embora o
termo “oração” não seja usado na narrativa de Adão e Eva, a comunicação entre Deus e estas duas
pessoas, criadas à sua imagem, é clara e evidente. Devemos observar ainda
que estes primeiros seres humanos
se comunicaram não somente
com Deus, mas também com o anjo
caído, Satanás (cf. Gn 3-2-5; Ap 12.9; 20.2). Tanto Deus quanto Satanás dirigem
palavras aos seres humanos; devemos aprender a discernir entre os dois. A
oração eficaz está alicerçada sobre aquilo que Deus diz, sua Palavra, mas pode
ser impedida se escutarmos
o que Satanás
tem a dizer.
Quando ouvem
Satanás, as pessoas lançam uma barreira de comunicação entre elas e o Deus
que deseja abençoá-las.
Embora Deus andasse com Adão e Eva
— Ele “passeava
no jardim pela viração do dia” (Gn 3-8) — , eles não
puderam tolerar uma comunhão tão íntima após a queda no
pecado. Suas consciências
os levaram a uma
tentativa inútil de
esconder-se.
A brecha entre
Deus e os pecadores não terá remédio
enquanto eles, por sua própria confissão, não possibilitarem a
abertura da porta
da misericórdia: “[Adão]
disse: Ouvi a tua
voz soar no jardim, e temi, porque estava
nu, e escondi-me.
E fez o Senhor Deus a Adão e
a sua mulher
túnicas de peles
e os vestiu” (Gn 3-10,21).
Extraído do livro Teologia bíblica da oração.
Robert L. Brandt e Zenas J. Bicket
Todos os direitos reservados. Copyright © 2007 para a língua portuguesa
da Casa
Publicadora das Assembléias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina.
Título do original em
inglês: The Spirit Help Us Pray
Logion Press, Springfield,
Missouri
Primeira edição em inglês: 1993
Tradução: João Marques Bentes
Revisão: Gleyce Duque
Editoração: Flamir Ambrósio
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