Mesmo antes que o
pequenino bebê começasse a falar, os poderes mundanos, liderados pelo próprio
Satanás, estavam se movimentando contra Ele. O cruel rei Herodes, que havia
matado três dos seus próprios filhos a fim de garantir o poder, estava receoso
de perdê-lo, portanto elaborou um plano para matar a criança que havia nascido
como “rei dos judeus”. Dominado pela loucura, Herodes mandou matar crianças
inocentes, esperando matar também essa criança especial. Herodes manchou suas
mãos com sangue, mas não feriu Jesus. Ninguém pode impedir os planos de Deus.
2.13-15 O anjo do
Senhor apareceu a José em sonhos. Essa era a segunda visão em sonho que José
recebia de Deus (veja 1.20,21).
O anjo do Senhor
preveniu José de que Herodes havia de procurar o menino para matar. Ele disse
exatamente o que José devia fazer: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, e foge
para o Egito. José obedeceu naquela mesma noite, levando Jesus e Maria através da
viagem de cento e vinte quilômetros até o Egito, escapando de Belém sob a
escuridão.
O anjo instruiu
José: Demora-te lá até que eu te diga (veja 2.20). Viajar para o Egito era muito
comum, pois essa nação havia sido o lugar de refúgio para os israelitas em
épocas de rebelião política (1 Rs 11.40; 2 Rs 25.26).
Havia colônias de
judeus em várias cidades egípcias importantes, entretanto o Egito era uma
província de Roma que estava fora da jurisdição de Herodes. E esteve lá até a
morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo
profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho. José seguiu as instruções do
anjo e permaneceu no Egito até a morte de Herodes (veja 2.19,20).
Dessa forma, Jesus
foi salvo. Entretanto, o mais importante é que esse acontecimento cumpriu a
profecia de Oséias (11.1).
2.16 Herodes,
vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito. Quando esse rei se irava, sua ira não tinha limites. A
história documenta os terríveis atos de crueldade desse homem. Nesse ponto,
tudo que Herodes sabia era que um futuro rei, ainda criança, habitava em Belém.
Depois das explicações dos magos, que diziam ter visto uma estrela há
aproximadamente dois anos (2.7), Herodes deduziu que essa criança não podia ter
mais que dois anos de idade. Portanto, enviou seus soldados e mandou matar
todos os meninos que havia em Belém e em todos os seus contornos, de dois anos
para baixo.
2.17,18 Mateus
entendeu que o doloroso sofrimento das mães de Belém cumpria o que foi dito
pelo profeta Jeremias (Jr 31.15). Raquel era uma das esposas de Jacó, um dos
grandes homens de Deus do Antigo Testamento. Dos doze filhos de Jacó, vieram as
doze tribos de Israel. Raquel era a mãe
simbólica da
nação. Ela havia sido enterrada perto de Belém (Gn 35.19). A passagem de Jeremias
descreve Raquel, a “mãe”, chorando os seus filhos e não querendo ser consolada porque
foram levados em cativeiro. Ramá era o ponto inicial da deportação (40.1). As
mães de Belém também choravam e se lamentavam pelos filhinhos mortos pelos
soldados. Mateus comparou o sofrimento das mães, na época do Exílio, ao
sofrimento das mães das crianças assassinadas.
Extraído do livro comentário
bíblico novo testamento aplicação pessoal, aprovado pelo conselho regional de
doutrinas da Assembleia de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário