Neste mês de
outubro, ocorrerá o evento de suma importância para toda a igreja de tradição
protestante no mundo: 500 anos da Reforma Protestante. Por isso, o tema que
estudaremos ao longo deste trimestre – A Obra de Salvação: Jesus Cristo é o
caminho, a verdade e a vida– é importantíssimo para todos os cristãos que se
identificam com a tradição protestante, e mais especificamente, para nós os
pentecostais. O tema da salvação foi crucial para o advento da Reforma
Protestante. Num contexto em que se vendia o céu por dinheiro, bispos
praticavam imoralidades e a espiritualidade da igreja oficial era isquêmica e
autômata, dizer que a salvação do pecador dependia exclusivamente da fé em
Cristo Jesus era algo que só poderia brotar do Espírito Santo. Essa mensagem ia
contra toda a teologia e tradição construídas ao longo dos anos pela igreja ocidental. Para
nós, os pentecostais, de longa data, há sempre uma tensão ao tratar do assunto.
Isso por que muitos se veem
diante de uma tradição protestante forte em que a tônica soteriológica se dá no
sentido de jamais ser possível perder a salvação. E se afirmamos que o crente
precisa esforçar-se para viver em santidade e guardar fé para não cair da
graça, faz-se uma acusação de pelagianismo, isto é, Deus não seria o
responsável pela salvação, mas sim o homem. Jamais, nós os pentecostais,
afirmamos tal “doutrina”. Neste trimestre, veremos que isso não faz sentido
algum, pois a mesma Bíblia que diz que Deus é soberano e, sim, é o autor da
salvação, pois Ele, em primeiro lugar, deseja que todos sejam salvos (1Tm 2.4); também diz que
é preciso estarmos vigilantes e santificar nossa vida diante Deus, pois sem
santidade “ninguém verá o Senhor” (Hb
12.14).
Embora sejamos
alcançados pela graça por Deus, pois jamais afirmamos coisa contrária, Ele
espera que o Espírito Santo convença o homem “do pecado, e da justiça, e do
juízo” (Jo 16.8).
Assim, é o desejo do Pai, que em Cristo, o ser humano reconheça o seu real
estado e diga o “sim” de verdade, como decisão consciente de que Jesus Cristo é o Caminho, a
Verdade e a Vida (Jo 14.6);
porque “quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado,
porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3.18)
Extraído do LBM Digital.
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