Além de justificar, regenerar e santificar, características de mudança
da nossa posição diante de Deus, o Pai deseja estabelecer conosco um
relacionamento mais próximo, íntimo, e o melhor termo para conceituar esse
processo é “Adoção”. Este é um termo técnico jurídico em que os pais concedem
direitos e privilégios à criança filiada de maneira não biológica, mas
voluntária. Foi assim que Deus tratou conosco! Éramos merecedores da condenação
eterna, mas por meio da obra de Jesus Cristo fomos justificados, regenerados,
santificados e adotados, acolhidos na família de Deus, onde “o mesmo Espírito
testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16).
Um apontamento
interessante que o teólogo pentecostal Pecota faz é que não há um termo para “adoção” no Antigo
Testamento, embora a idéia apareça em Provérbios 17.2: “O servo prudente dominará sobre o filho
que procede indignamente; e entre os irmãos repartirá”. Mas em o Novo
Testamento a palavra, do grego huiothesia, aparece cinco vezes nos escritos do
apóstolo Paulo. É uma doutrina que atesta que em Cristo fomos eleitos e
predestinados para sermos da família de Deus (Ef 1.4,5). Diferentemente do tempo de trevas, de
escravidão e de vergonha, na família de Deus fomos chamados para sermos livres
para andar no Espírito, viver no Espírito e, assim, termos uma relação de pai e
filho com Deus (Rm 8.15).
A doutrina da
adoção nos dá a segurança da salvação. Fazer parte da família de Deus é a
certeza de que nEle estaremos seguros. Fomos justificados, regenerados,
santificados e adotados em Cristo Jesus. É um privilégio fazer parte da família
de Deus! Entretanto, sabemos que ainda não vivemos a plenitude do que está
prometido para nós. Embora sejamos plenamente filhos de Deus, num futuro,
quando deixarmos o nosso “tabernáculo terreno”, receberemos a plenitude da
adoção, “a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23). O que significa que vivemos a
realidade da adoção neste tempo presente, mas quando a ressurreição dentre os mortos for realizada, ou por meio
do Arrebatamento da Igreja, a nossa adoção será plena. Será o dia em que
veremos o Pai como Ele é. Por isso, o apóstolo Paulo disse: “Porque, agora,
vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em
parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido”(1Co 13.12).
Extraído do LBM Digital.
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