“Para
quem tem fé, nenhuma explicação é necessária.
Para
quem não tem fé, nenhuma explicação épossível. ”
—
Tomás de Aquino
A
Bíblia Sagrada diz que “no princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Então,
pelo referido texto, houve um ponto zero na existência (antes da criação de
todas as coisas), em que não havia espaço e matéria. Ali, naquele vácuo, o
“nada” era o “tudo”. Dessa forma, pergunta-se: Como os intelectuais ateus, que
só aceitam realidades pela
demonstração
científica, acharão uma explicação racional sobre a vida?
Resposta:
Nunca. Eles sempre encontrarão, no fim de seus esquemas, uma retumbante
interrogação, um vazio, que destruirá toda a certeza, pois a vida e todas as
coisas que existem possuem sua fonte comum: Deus, cuja existência não pode ser
demonstrada pelo método científico.
Só
existe, portanto, um jeito de desvendar a origem do universo: com o auxílio da
fé, conforme está escrito em Hebreus 11.3.
Assim,
quem possui fé tem mais sabedoria, pois não fica limitado às demonstrações
físico-temporais para descobrir os fatos que só aconteceram uma vez na vida.
Por tudo isso, apresenta-se como uma verdade incontestável que o método
científico é insuficiente para desvendar todos os segredos da existência,
conforme Josh e Sean Mcdowell explicam:
Provas
científicas, com base na observação por repetição, mostram que alguma coisa é
um fato com a repetição do evento na presença da pessoa que questiona o caso.
Estabelece-se um ambiente controlado, o experimento é realizado, são feitas
observações, são obtidos os dados e hipóteses são empiricamente verificadas ou
falsificadas.
Uma
vez que a eficácia da ciência depende de coletar dados a partir da observação
contínua dos testes de hipótese, o método cientifico moderno, embora altamente
eficaz em determinada esfera, é gravemente limitado. Ele é aplicável apenas a
eventos ou fatos passíveis de repetição. É lamentável que o respeito moderno
pela ciência tenha levado as pessoas a supor, equivocadamente, que o método
científico pode ser usado para determinar toda a verdade. Ele não pode, e nunca
pôde. [...] Os eventos históricos, pela sua própria natureza, ocorrem apenas
uma vez no tempo, e não são passíveis de repetição.
Não
podemos provar cientificamente que Aníbal cruzou os Alpes [...]. Mas isso não
nos dá motivos para considerar a disciplina histórica como uma ciência “fraca”.
A
fé, por outro lado, capta nossas conjecturas e as racionaliza coerentemente,
sem escravizá-las a métodos de lógica imperfeitos. Ela oferece um salto
qualitativo que faz o investigador compreender o que os materialistas desprezam
previamente. Alguns reconhecidos como intelectuais, para os padrões acadêmicos,
em várias ocasiões, ao invés de promoverem descobertas e o engrandecimento da
ciência, na verdade, aprisionam o conhecimento, por serem incapazes de confiar
em perspectivas e probabilidades. Eles defendem que a Estatística é uma ciência,
mas, nos assuntos atinentes a Deus, preferem desqualificá-la.
O
materialismo, por causa de suas limitações teóricas, do seu reducionismo
científico, nunca vencerá o confronto argumentativo com a fé, por isso, em
regra, os ateus usam a seguinte estratégia: exaltam a capacidade de duvidar
sempre, inclusive fechando os olhos às evidências, pois até os “os céus
proclamam a glória de Deus...” (SI 19.1) e, com isso, estimam-se intelectualmente
superiores aos demais semelhantes.
Ledo
engano. Em um de seus livros de ficção, C. S. Lewis observou essa manobra
ardilosa do mal e transcreveu uma correspondência entre dois demônios:
O
seu paciente sempre foi acostumado, desde criança, a ter uma dezena de
filosofias incompatíveis dentro de sua cabeça. Ele não classifica doutrinas
basicamente como “verdadeiras” ou “falsas” [...]. McDOWELL, Josh. McDOWELL, Sean. Evidências da
Ressurreição. Ia ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 141,142.
O
jargão, e não a argumentação, é o seu melhor aliado para afastá-lo da Igreja.
Não desperdice seu tempo tentando fazê-lo pensar que o materialismo é
verdadeiro. Faça-o pensar que é algo sólido, ou óbvio, ou audaz — enfim, que é
a filosofia do futuro. É com esse tipo de coisa que ele se importa. O problema
da argumentação é que ela leva a batalha para o campo do Inimigo” (no caso,
Deus).
O
materialismo, por isso, prefere não entrar no terreno da argumentação, porque
não possui vantagem conceituai intelectual, haja vista que defende a ideia de
que a matéria é a única realidade da vida, a base para toda a existência,
empobrecendo a visão do conjunto de todas as coisas e fatos, tangíveis ou não.
Essa incapacidade argumentativa do
materialismo
é declarada, também, na Bíblia. Está escrito: “Por causa do seu orgulho, o
ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus” (SI 10.4).
Assim,
pode-se concluir que a filosofia materialista só existe pela ausência de uma
investigação científica séria. C. S. Lewis escreveu que, quando era ateu, em um
determinado momento, começou a perceber Deus se aproximando dele, fazendo com
que se sentisse como uma raposa perseguida por cães ferozes em campo aberto.
Dentre outras coisas, seus melhores amigos eruditos e os grandes escritores que
lhe inspiravam se tornaram cristãos. Lewis, depois de refletir, percebeu que
dependia de sua vontade abrir a mente ou não, para investigar a possibilidade
da existência de Deus.
Nessa
encruzilhada intelectual, ele, relutantemente, aceitou o desafio.
Posteriormente
admitiu: “Aquilo que eu mais temia havia me alcançado... Cedi, admitindo que
Deus era Deus; ajoelhei-me e orei; naquela noite quem sabe eu era o mais
deprimido e relutante convertido de toda a Inglaterra”.
No
universo, existem centenas de bilhões de galáxias, cada uma com inumeráveis
estrelas, buracos negros e muito mais do que a mente humana possa conceber. Só
isso, já seria suficiente para os materialistas m mais humildes e entenderem
suas limitações ontológicas — não têm resposta para tudo. As perguntas mais
importantes da vida, eles
não
conseguem responder a contento, e isso porque a realidade que está diante dos
olhos, inevitavelmente, não é a única coisa que existe.
2
LEWIS, C. S.. Cartas de um Diabo a seu Aprendiz. São Paulo: Martins Fontes,
2005, p. 2.3 JR., Armand M. Nicholi. Deus em questão: C. S. Lewis e Sigmund Freud
Debatem Deus, Amor, Sexo e Sentido da Vida. Vicosa-MG: Ultimato, 2005, pp.
95,96.
O
materialismo, assim, traduz certo reducionismo intelectual, pelo fato de
excluir, de plano, qualquer hipótese fora do que é experimental.
É
bom lembrar que a própria ciência trabalha com hipóteses não comprovadas
empiricamente. Albert Einstein, por exemplo, teorizou que a luz mantém a mesma
velocidade de um ponto “A” a um “B” qualquer, mas não é possível demonstrar
experimental mente essa verdade científica “incontestável”. Como se depreende,
alguns eventos que não podem ser observados experimentalmente são fundamentais
para provar a realidade das coisas!
Wiiliam
Shakespeare, nessa toada, dizia, pela fala do personagem Hamlet, príncipe da
Dinamarca: “Existem mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonhas
em tua filosofia”. Essa percepção, sem dúvida, difere o pobre do rico, o
restrito do amplo, o reduzido do ilimitado, o materialismo do cristianismo, no
quesito compreensão da realidade.
Conhecendo
o Materialismo
Conceito
O
materialismo é uma filosofia da matéria, que não admite a existência do
sobrenatural, nem de verdades absolutas, mas acredita que todos os fenômenos do
universo são explicados exclusivamente pelas condições concretas materiais.
Essa cosmovisão defende que o átomo e seus movimentos explicam tudo, inclusive
a existência do pensamento humano! Dessa forma, para um materialista não há que
se falar em Deus, Diabo, céu, alma, anjos, pois tudo isso não passaria de
imaginação.
Os
materialistas afirmam que a matéria e o espaço simplesmente existem e sempre
existiram, mas eles não sabem como tudo isso aconteceu, apenas defendem que a
matéria surgiu de um acidente físico-químico, há bilhões de anos, o qual
produziu tudo que se vê.
Em
um momento posterior, dizem os materialistas, um corpo celeste teria se chocado
contra o sol, produzindo os planetas. Numa chance infinitesimal, substâncias
químicas se agruparam em determinado planeta e, tendo acontecido as condições
adequadas de temperatura, depois de uma grande desordem inicial, por acaso, a
matéria inorgânica ganhou vida própria. Em seguida, por uma série de
coincidências estatisticamente inacreditáveis, o ser vivo unicelular se
desenvolveu e, no fim de uma longa evolução, surgiram os seres inteligentes.
Tudo isso por acaso! Como se percebe, o materialista precisa ter uma fé
incrivelmente grande, maior até que a dos cristãos, para acreditar que a origem
do universo e da vida possa ser assim explicada.
Origens
O
materialismo, enquanto pensamento filosófico esquematizado, teve sua origem no
Século V a.C, com a teoria atomista de Demócrito, que defendia que o universo e
tudo que nele há apresenta-se constituído apenas por átomos (partículas
invisíveis de matéria) que se movem no vazio, definindo assim toda a realidade,
inclusive os pensamentos.
Entretanto,
importante mencionar que, no Século VII a.C, na índia, a escola Charvaka já
tratava sobre tal hipótese.
Ao
longo dos séculos, a ideia atomista foi corroborada por alguns, como os
epicureus e os estoicos, Lucrécio (99-55 a.C), Chang Tsai (Século XI), mas isso
proliferou, sobretudo a partir do Iluminismo (Thomas Hobbes, Meslier, Diderot,
Priestly, dentre outros). No Século XIX, foi elaborada a tese do materialismo
dialético por Karl Marx e Friedrich Engels, que motivou inúmeras revoluções
socialistas em vários lugares do mundo (Rússia, China, Cuba, etc.), onde
milhões de pessoas foram mortas por motivação ideológica.
A
influência do materialismo no mundo cresce cada vez mais. Recentemente foram
publicados números que mostram que 85% dos suecos, 80% dos dinamarqueses, 72%
dos noruegueses, 60% dos finlandeses e 65% dos japoneses são materialistas.
Pelo último censo do IBGE, o número de materialistas no Brasil é da ordem de
7,9% da população; no entanto, sem dúvida, esse número tende a crescer. Não foi
à toa que Jesus perguntou: “Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará
fé na terra?” (Lc 18.8).
Consequências
Contemporaneamente,
os materialistas valorizam bastante sua vertente biologista; porém, cada vez
mais o mundo continua destituído de propósito e sem rumo.
Conforme
Richard Dawkins narrou no livro Eu e Minha Casa, o materialismo tem atingindo
frontalmente as famílias contemporâneas, causando uma crise sem precedentes. O
materialismo incute a ideia de que os bens materiais são mais importantes do
que as riquezas espirituais, retira a esperança das pessoas e desconsidera a
fé. Observe o caso a seguir:
Recentemente
li uma reportagem muito triste de um inglês chamado Tom Attwater, de 32 anos,
que tinha um tumor no cérebro, e faleceu dia 29/9/2015 após arrecadar cerca de
R$ 3 milhões (£ 500 mil) para garantir o futuro de sua enteada Kelli, de seis
anos, que já tinha tido um sério problema de saúde.
Sabendo
de sua morte iminente, ele escreveu uma carta de despedida para Kelli, na qual
aborda diversos assuntos. Ele disse lamentar que não pudesse vê-la crescer e
arremata: “Por favor, não culpe as pessoas ou o mundo por isso”. [Ele não
mencionou sequer Deus!]
Tom
continuou aconselhando sobre assuntos como a escola, meninos, casamento,
família, amigos, carreira profissional, além de pedir para que ela aprendesse a
dirigir e que fosse feliz em primeiro lugar.
Sem
sombra de dúvida, o materialismo apequenou a vida de Tom Attwater. Ele não
soube falar à sua enteada sobre o real sentido da vida, bem como acerca da
esperança de um futuro na presença de Deus. O materialismo roubou-lhe os sonhos
mais caros, deixando apenas palavras que retratam algumas agruras desta efêmera
existência.
II.
Analisando o Materialismo
A
futilidade do materialismo
A
característica de ser fútil, sem valor, cai bem ao materialismo, pois essa cosmovisão
destrona da vida tudo o que é duradouro e significativo , as coisas que são importantes para a
eternidade, e deixa somente aquilo que é passageiro, pequeno e vão. A vida é
muito mais do que a ideia materialista. Benjamim Disraeli, escritor e político
inglês do Século XIX, dizia que “a vida é muito curta para ser pequena”.
As
riquezas do céu, que estarão disponíveis àqueles que são fiéis, não podem ser excluídas
da percepção deste lado da vida. Abraão, Moisés, e muitos outros, moldaram suas
vidas terrenas por aguardarem os tesouros celestiais (Hb 11.8-10, 26). O
próprio Jesus mandou que seus discípulos juntassem tesouros no céu. O
materialismo, por outro lado, estimula uma desesperança profunda, ocasionando
desespero existencial, já que a vida se resume somente aos poucos anos vividos
sobre a terra e nada mais. Que grande futilidade, sob esse prisma, seria a
vida!
A loucura
do materialismo
Além
de ser fútil, o materialismo é desarrazoado, uma loucura (1 Co 1.20). Aliás, é
a própria Bíblia que chama o materialista de louco (SI 14.1). E isso pode ser
demonstrado por alguns fatos históricos.
O
nazismo, por exemplo, teve seu grande trunfo por causa do pensamento
materialista. O filósofo Olavo de Carvalho, nesse diapasão, cita Viktor
Franklin, um psiquiatra judeu, que com lucidez ímpar, abordou a questão:
Não
foram apenas alguns ministérios de Berlim que inventaram as câmaras de gás de
Maidanek, Auschwitz, Treblinka: elas foram preparadas nos escritórios e nas
salas de aula de cientistas e filósofos niilistas, entre os quais se contavam e
contam alguns pensadores anglo-saxônicos laureados com o Prêmio Nobel. É que,
se vida humana não passa do insignificante produto acidental de umas partículas
de proteínas, pouco importa que um psicopata seja eliminado como inútil e que ao
psicopata se acrescentem mais uns quantos povos inferiores:
tudo
isso não é senão raciocínio lógico e consequente.
O
materialismo, assim, apresenta-se como uma loucura, não no aspecto da perda do
senso crítico, mas pela irrefletida postura intelectual, que atenta contra as
evidências e vai de encontro ao bem maior do homem: o dom da vida eterna. O
homem rico, de uma parábola contada por Jesus (Lc 12.19,20) foi chamado de
louco exatamente por isso.
A pobreza
do materialismo
Jesus
contou a história sobre um homem que focava a sua vida exclusivamente em coisas
materiais, e não atentava para o que era sobrenatural. Esse homem possuía
muitos bens, contudo, não tinha ajuntado tesouros no céu, por isso quando
morreu foi para o inferno (Lc 16.22,23). No lugar de tormento, o materialista
ainda tentou atenuar a sua situação, porém a resposta de Abraão foi: “[...]
lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida” (Lc 16.25).
O
materialismo nunca outorgou a ninguém a verdadeira riqueza! Billy Graham falou
sobre isso: “A morte não é o fim da vida; é apenas um portão para a eternidade.
[...] A única questão é onde iremos passar a eternidade...”.7 Sem dúvida, essa
é a única questão relevante na vida. Se viver sob essa perspectiva, o homem
achará a verdadeira riqueza. O homem da história era um materialista rico,
todavia, pobre, porque não tinha o tesouro mais valioso de sua vida, a
salvação.
Contrapondo
o Materialismo
A
cosmovisão judaico-cristã
No
tempo da Igreja Primitiva, Paulo discutiu com filósofos epicureus, que
valorizavam o hedonismo, e com estoicos, que eram materialistas (At 17.18). Os ouvintes eram homens cheios
de conhecimento, mas os corações de muitos estavam sedentos de algo que fizesse
sentido na vida.
O
apóstolo dos gentios estava anunciando que somente a cosmovisão cristã fornecia
respostas às aspirações mais profundas da alma humana.
O
Senhor estava provendo, com a sua doutrina, não apenas um modo para se chegar
ao céu, mas também ferramentas indispensáveis para se viver na terra. Após o
debate, sob as sombras do mármore branco do areópago, em Atenas, aconteceram as
conversões dos primeiros pensadores gregos (At 17.34).
A
partir da expansão do evangelho, na Igreja Primitiva, saindo de Jerusalém, a
cosmovisão judaico-cristã ensinaria, ao longo dos séculos, novos paradigmas ao
mundo decadente. Essa influência moldou decisivamente a antiguidade, passando
pela idade média, pela modernidade e ainda continua sendo extremamente importante
neste período da pós-modernidade. Roger Scruton fala sobre essa influência do
cristianismo ao dizer:
Nossas
sociedades foram erigidas sob o ideal judaico-cristão de amor ao próximo,
segundo o qual os forasteiros e os locais merecem igual atenção. Exige de cada
um o respeito pela liberdade e pela soberania de cada pessoa, e o
reconhecimento do limiar da privacidade além do qual constitui transgressão
ultrapassar, a menos que sejam autorizados.
Nossas
sociedades se fiam na obediência à lei e nos contratos públicos, e reforçam
esses elementos por tradições educacionais que moldaram um currículo comum. Não
se trata de um imperialismo cultural arbitrário [...] mas um modo de vida legítimo.
Assim,
a cosmovisão da Bíblia, pelos milênios, foi estabelecendo o padrão de
convivência sobre a terra, ao mesmo tempo em que apontava, igualmente, o
caminho para o céu, por ser a única cosmovisão completa, que oferece uma
resposta eficaz aos anseios mais profundos do homem e da sociedade, sejam eles
políticos, econômicos, sociais, morais e espirituais, sendo um contraponto ao
materialismo.
A
contracultura do Reino
O
materialismo produz uma cultura perversa, estabelecendo padrões comportamentais
que atentam contra a santidade de Deus. É a porta larga e o caminho espaçoso,
como disse Jesus (Mt 7.13). Diante de tal fato, o cristianismo deve demonstrar
sua força, estabelecendo um modo de viver que agrada ao Senhor. Isso é chamado
contracultura, nos moldes de Romanos 12.2. Imperioso, porém, que haja na
contracultura cristã um jeito de viver que traduza “um sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus” por meio do corpo, e que não exista apenas uma nova versão da
cultural materialista. Todos devem entender o forte conflito cultural — uma
verdadeira guerra espiritual — no mundo.
Acerca
disso, Charles Colson e Nancy Pearcey, no livro “O Cristão na Cultura de Hoje”,
arrematam:
Uma
fraqueza debilitadora no “evangelicalismo” é que temos lutado contra o conflito
cultural em todos os lados sem saber do que se trata a guerra em si. Não
identificamos as visões de mundo que residem na raiz do conflito cultural — e
essa ignorância condena nossos melhores esforços.
Colson
está dizendo, em outras palavras, que a Igreja está perdendo a batalha, em
alguns lugares, porque não reconhece os inimigos contra quem combate. Nesse
caso, terá sido criada apenas uma subcultura, ou seja, o materialismo
continuará impondo o modelo principal, e a Igreja somente fará pequenas
adequações, o que se constitui em uma grande tragédia. As pessoas caminharão
para o inferno, pensando estar na estrada do céu. Nunca é demais lembrar que a
porta do céu é estreita e apertado o caminho que conduz à vida. Essa escravidão
cultural apresenta-se muito comum nos dias hodiernos. Inúmeras denominações
evangélicas adotam práticas mundanas, com abrandamentos comportamentais, para
atrair novos membros, porém não se pode negociar as coisas de Deus. O anátema continuará
sendo anátema, seja qual for a roupagem. A Bíblia manda que se fuja de toda a
aparência do mal (1 Ts 5.22). Deus chamou a Igreja para realizar um movimento
revolucionário, de luta contra o pecado, sabendo
que
“nossa luta não é contra a carne e o sangue...” (Ef 6.12).
A
comissão cultural da Igreja
Quando
Jesus mandou que a Igreja ensinasse às nações a cosmovisão cristã —, o
evangelho — buscava que o poder transformador de Deus (Rm 1.16) alcançasse o
homem individualmente, outorgando-lhe a redenção, e, também, influenciasse a
comunidade na qual ele está inserido. A isso se denomina comissão cultural.
Charles
Colson aborda o tema no livro E Agora, Como Viveremos?:
Nosso
chamado não é somente para ordenar nossas próprias vidas pelos princípios
divinos, mas também para nos comprometer em transformar o mundo Devemos cumprir
a Grande Comissão e a comissão cultural. Somos ordenados a pregar as Boas-Novas
e a trazer todas as coisas à submissão da ordem de Deus, defendendo e vivendo a
verdade de Deus nas condições históricas e culturais únicas de nossa era.
Paulo
sempre buscou cumprir a comissão cultural. Por exemplo, após a conversão de
muitas pessoas em Éfeso, ele protagonizou um ato solene para queimar, “na
presença de todos”, inúmeros livros de magia (At 19.19). Com aquilo, a Igreja
estava cumprindo seu mandato cultural de apontar a mudança dos paradigmas para
a sociedade.
Dicionário
Houaiss:
Epicureus- epicurista
1 relativo a ou seguidor de Epicuro ou do epicurismo
2 fig. que ou quem procura os prazeres do amor, os deleites sensuais ou
1 relativo a ou seguidor de Epicuro ou do epicurismo
2 fig. que ou quem procura os prazeres do amor, os deleites sensuais ou
gastronômicos
sinônimos- epicureu, epicúrio
Infinitesimal
- 1 de extrema pequenez, infinitamente pequeno; mínimo, ínfimo.
2 diz-se das grandezas arbitrariamente pequenas.
3 diz-se de análise ou cálculo que usa os infinitésimo.
3 diz-se de análise ou cálculo que usa os infinitésimo.
Extraído do livro:
TEMPO PARA
TODAS AS
COISAS
Aproveitando as Oportunidades que Deus nos dá
REYNALDO ODILO
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