1 CORÍNTIOS 15.14,20-28.
EXTRAÍDO DO LIVRO NOVO TESTAMENTO APLICAÇÃO PESSOAL.
15.13,14 Paulo argumentou que, se não houvesse a ressurreição de mortos, então
Jesus ainda estaria na sepultura. Se isso fosse verdade, então a pregação dos
apóstolos seria vá, porque eles estavam ensinando sobre um Salvador que
havia ressuscitado. Se Cristo não tivesse ressuscitado, a fé dos crentes
também seria vã. Por que haveriam de acreditar em um "Salvador"
morto? Se Jesus ainda estivesse morto, seu sacrifício pelos pecados dos crentes
não seria agradável a Deus, e eles não teriam um advogado junto ao Pai (Hb
7.25; 8.1). Eles também não teriam um Consolador, o Espírito Santo, pois Ele
deveria vir quando Cristo retornasse para a sua glória Jo 16.5; 13-15). Eles
não teriam a esperança da vida eterna, pois ela não teria sido alcançada nem
mesmo pelo seu Salvador.
•
Entretanto, o argumento acima é discutível,
porque, de fato, Cristo ressuscitou dos mortos. Os argumentos
hipotéticos que começam com "se", nos versículos anteriores,
reconhecem certos fatos da história.
Na verdade, os cristãos podem ter que enfrentar dificuldades, mas o fato da
ressurreição muda tudo. Como Cristo ressuscitou dos mortos, Ele foi feito as
primícias dos que dormem. Cristo foi o primeiro a ser ressuscitado para
nunca mais morrer. Ele foi o precursor daqueles que creem nele, a prova da sua
ressurreição final para a vida eterna.
•
,22 A morte veio ao
mundo como consequência do pecado de um homem,
Adão (Gn 3.17-19). Adão pecou contra Deus,foi privado da sua presença, e trouxe a
morte a toda a humanidade. Todos os seres humanos estão ligados a Adão e têm
duas características em comum: são pecadores e irão morrer. O pecado de Adão
trouxe condenação e morte para todos, mas o santo sacrifício de Cristo trouxe a
ressurreição a todos aqueles que estão relacionados com Ele através da
aceitação do seu sacrifício. Aqueles que crêem serão vivificados em Cristo.
•
Paulo queria esclarecer, entretanto, que
existe uma ordem nessa ressurreição. Ela ainda não aconteceu, como
talvez alguns dos falsos mestres estivessem afirmando. Na verdade, Cristo foi
o primeiro a ressuscitar; Ele é as primícias. A "colheita"
será feita por ocasião da segunda vinda de Cristo. Nesse momento, os
que são de Cristo, aqueles que crêem nele como Salvador, serão
ressuscitados dos mortos para a vida eterna.
•
,25 O fim terá
chegado na época do segundo advento de Cristo, e o Cristo ressuscitado irá
vencer todo o mal, inclusive a morte (veja Ap 20.14, para palavras sobre a
destruição final da morte). No momento da ressurreição, Cristo começou a
destruição de Satanás e de todo o seu domínio. Na ressurreição dos mortos, todo
o poder de Satanás será destruído. Cristo deve reinar porque essa é a vontade
de Deus, e o que Ele disse não pode ser mudado. Cristo irá reinar como o rei
soberano, colocando todos os inimigos debaixo de seus pés. Essa frase é usada
no Antigo Testamento para se referir à vitória total de Cristo (veja SI 110.1). Como a ressurreição de
Cristo é um fato reconhecido, e como a promessa da
ressurreição é um acontecimento futuro, a promessa do reinado supremo e final
de Cristo pode ser considerada uma realidade que é aguardada por todos os crentes.
15.26 A morte é o inimigo
de rodo ser vivo, o destino comum de a toda humanidade. A morte é o inimigo
derradeiro que será vencido. Mas Cristo destruirá a morte! Na cruz e através da
ressurreição, Cristo já venceu a morte. No entanto, as pessoas ainda morrem.
Para aqueles que crêem em Cristo, entretanto, a morte é apenas a porta de
entrada para a vida eterna.
15.27
Como observado em 15.24,25, quem está no
supremo comando é Deus Pai. Esse versículo é muito semelhante a Salmos 8.6: "Todas
as coisas sujeitou debaixo de seus pés". Deus deu ao Filho a suprema
autoridade sobre tudo e todos, exceto sobre si
mesmo.
15.28
Quando
o Filho tiver destruído todos os poderes do mal, e quando Deus tiver colocado tudo debaixo dos seus pés, então, também
o mesmo Filho se sujeitará
àquele que todas as coisas
lhe sujeitou. Aqui
a expressão "aquele que todas as coisas lhe sujeitou" refere-se a Deus Pai. Ninguém
pode tirar o lugar de Deus, nem mesmo o seu Filho.
Assim deve acontecer
para que Deus seja sempre supremo sobre todas as coisas e em todos os
lugares, isto é, para que Deus seja tudo em todos. Alguns usaram esse versículo para tentar provar
a inferioridade de Cristo (dizendo que Ele não é igual a Deus).
Mas esse versículo não está relacionado à pessoa, à natureza ou ao Ser de Deus (a
sua essência) em relação a Cristo.
Antes, está falando
da obra ou da
missão de Cristo, que de boa vontade obedeceu o Pai, colocando o governo do mundo primeiro
sob sujeição a si mesmo,
e depois, simbólica e voluntariamente, sob o controle
de Deus Pai. Com essas palavras, Paulo não estava tentando considerar as três pessoas
da Trindade para decidir sobre a sua importância relativa.
A natureza essencial de cada pessoa da Trindade
é sempre única e igual; entretanto, a autoridade reside na
obra que cada uma delas realiza. Deus Pai enviou o Filho; o Filho concluirá
a obra, redimindo a humanidade
e levando-a de volta a Deus Pai.
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