Dentro da temática
abordada, o autor traz à tona o assunto do sacerdócio e, parenteticamente, continua com sua
exortação. Todo o sistema sacerdotal levítico, com seu complexo sistema
ritualístico, era apenas uma sombra do qual Cristo era a realidade (Hb 8.5).
Com a manifestação de Cristo, tudo aquilo ficara antiquado, obsoleto e sem
valor. Voltar atrás, portanto, era perder a realidade para mergulhar nas
sombras! A antiga ordem sacerdotal passara e, em seu lugar, outra se havia
estabelecido: uma ordem sacerdotal superior a de Melquisedeque, da qual Cristo
tornara-se sumo sacerdote (Hb 5.10). Uma verdade chocante - que, com
toda a segurança, provocaria espanto nos judeus piedosos - estava sendo
demonstrada pelo autor: Toda a lei, bem como o sistema de sacrifícios levítico,
havia sido abolida! Não havia como tentar viver por eles novamente. Chamando
"Nova" essa aliança, ele tornou antiquada a primeira; e "o que
foi tornado velho e se envelhece perto está de acabar" (Hb 8.13). A Nova
Aliança havia sido implantada e não fora estabelecida com base em sangue de
animais, mas no sangue de Cristo (Hb 9.12). Voltar ao velho sistema era
negar a eficácia desse sangue, era negar a Cristo. O autor alerta que
quem agisse dessa maneira estaria renegando de vez o Filho de Deus (Hb 6.4-6)
e, por isso, seria objeto de um juízo severo (Hb 10.29). Quem agisse dessa
forma estaria cometendo apostasia, e, para o apóstata, o autor alerta que:
"é impossível que os
que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram
participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes
do século futuro, e recaíram sejam outra
vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificaram o Filho de Deus e o expõem ao
vitupério" (Hb 6.4-6).
Extraído do
livro: A supremacia de Cristo , Fé, esperança e ânimo na
carta aos Hebreus.
José
Gonçalves.
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