OS COMENTÁRIOS FORAM EXTRAÍDOS DO LIVRO APLICAÇÃO PESSOAL.
24.1 Um dos discípulos comentou com Jesus sobre
a estrutura do Templo, observando a sua incrível beleza (Me 13.1). Embora
ninguém saiba exatamente qual era a aparência do Templo, ele deve ter sido
magnífico, pois na sua época era considerado uma das maravilhas arquitetônicas
do mundo. O Templo era impressionante, cobrindo cerca de um sexto da área da
antiga cidade de Jerusalém. Não era apenas um edifício, mas uma majestosa
mistura de pórticos, colunatas, pequenos edifícios separados e pátios que
rodeavam o Templo propriamente dito. Os judeus estavam convencidos da
permanência desta magnífica estrutura não somente devido à estabilidade da
construção, mas também porque ela representava a presença de Deus entre eles.
24.2
Jesus admitiu a beleza dos edifícios, mas então fez uma
declaração surpreendente. Esta maravilha do mundo seria completamente derribada.
Como na época do profeta Jeremias, a destruição do adorado Templo dos
judeus seria o castigo de Deus por terem se afastado dele. Isto iria acontecer
apenas poucos anos mais tarde, quando os romanos saquearam Jerusalém, em 70
d.C. O julgamento soberano de Deus iria cair sobre o povo incrédulo, e da mesma
forma que Jesus, como o Senhor do Templo, tinha proclamado a sua purificação,
aqui Ele predizia a sua destruição.
24.3
O Monte das Oliveiras ergue-se sobre Jerusalém na direção leste. Quando Jesus saía de Jerusalém para retornar a Betânia para passar a noite, Ele deveria ter cruzado o vale de Cedrom e teria então subido a encosta do Monte das Oliveiras. Desta encosta Ele e os discípulos podiam olhar
do alto para a cidade e ver o Templo. O profeta Zacarias
predisse que o Messias ficaria
sobre este mesmo monte quando retornasse para estabelecer o seu reino eterno (Zc 14.1-4). Este lugar evocava
perguntas sobre o futuro, de modo que era
natural que os discípulos perguntassem a
Jesus quando Ele viria com poder e o que eles poderiam
esperar naquela ocasião.
A pergunta dos discípulos tinha duas partes. Eles queriam
saber quando isto iria acontecer, e qual seria o sinal que
marcaria a vinda de Jesus e o fim do mundo. Nas mentes dos discípulos, um evento ocorreria imediatamente
depois do outro. Eles esperavam que o Messias inaugurasse em breve o seu reino,
e queriam saber que sinal haveria de que isto estaria prestes a acontecer.
Jesus lhes deu uma imagem profética daquela ocasião,
incluindo os eventos que levariam a ela. Ele também falou sobre eventos
distantes no futuro, conectados com os últimos dias e a sua segunda vinda,
quando Ele volcaria à terra para julgar todos os povos. Como tinham feito
muitos dos profetas do Antigo Testamento, Jesus predisse eventos tanto prox1mos
quanto distantes, sem colocá-los em ordem cronológica. A destruição próxima de
Jerusalém e do Templo era apenas um prenúncio de uma destruição futura que
precederia a volta de Cristo. Alguns dos discípulos viveram para ver a
destruição de Jerusalém em 70 d.C., ao passo que alguns dos eventos de que
Jesus falou ainda não aconteceram - até hoje. Mas a verdade da predição de
Jesus a respeito de Jerusalém assegurou aos discípulos (e a nós) que todo o resto
que Ele predisse também irá acontecer.
24.4,5 Jesus sabia que se os discípulos procurassem por sinais,
eles estariam sujeitos à decepção. Haveria muitos falsos profetas (24.24) com
falsos sinais de poder e autoridade espiritual. Jesus predisse que antes da sua
volta muitos crentes seriam enganados por falsos mestres que viriam em seu nome,
isto é, afirmando ser o Cristo (o Messias). Por todo o século I surgiram
muitos enganadores deste tipo (veja At 5.36,37; 8.9-11; 2 Tm 3; 2 Pe 2; 1 Jo 2.18; 4.1-3).
24.37-39 O primeiro derramamento do julgamento de Deus sobre as
pessoas pecadoras nos dias de Noé tem uma conexão natural com o último
derramamento, na volta do Senhor. As pessoas estarão realizando suas atividades
diárias normais, exatamente como aconteceu na época de Noé (Gn 7.17-24). Da mesma
maneira como o dilúvio as surpreendeu desprevenidas (e aí foi tarde demais), e
as levou ao julgamento, o mesmo ocorrerá na vinda do Filho do Homem (veja
também 1 Pedro 3.20,21).
24.45-47 Nos
tempos antigos era um costume comum que os
senhores deixassem um servo encarregado de todos os assuntos da família.
O servo, descrito como fiel e prudente, corresponde aos
discípulos, aos quais foi atribuída por Jesus uma responsabilidade sem precedentes.
Isto também descreve aqueles que são indicados para posições de liderança na
igreja, que deverão estar desempenhando fielmente as suas obrigações quando
Jesus (o Senhor) chegar. Estes servos receberão grandes recompensas.
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