RETIRADO DA LBM DIGITAL CPAD.
O
direito do ser humano é suprapartidário. O cidadão negro de esquerda tem o mesmo
direito do cidadão branco de direita. O jornalista negro de direita tem o mesmo
direito do jornalista branco de esquerda. Assim como os gays devem ser objetos
do direito universal do ser humano; os héteros também são objetos desse mesmo
direito.
Não há
negro, branco, gay, esquerdistas ou direitistas, mas ser humano Na verdade
esses grupos não podem ser olhados sob a perspectiva de raças ou tribos, pois
tal perspectiva não passa de uma visão discriminatória da pessoa. Nesse
sentido, a única e a mais importante minoria é o “indivíduo”. Aqui, é
importante ressaltar algumas coisas para fortalecer esse argumento: (1) a defesa
do Direito Humano só se revelará verdadeira enquanto for notório, por exemplo,
um militante de direita defender o direito constitucional do militante de
esquerda em se manifestar, assim como o militante de esquerda sair em defesa do
militante de direita quando este for injustiçado; (2) Quem não for capaz de
transcender sua visão ideológica não está habilitado a falar em nome dos
Direitos Humanos.
Transcendendo
a visão ideológica da intolerância
De
maneira prática isso deve ser discutido assim: (1) A comunidade cristã deve
reconhecer que há algumas ações discriminatórias contra os praticantes das
religiões de matriz africana; (2) mas é preciso que os praticantes das
religiões de matriz africana também reconheçam que há ações discriminatórias
contra pessoas de sua matriz religiosa que assumem a fé cristã como estilo de
vida.
Os
relatos de pessoas que são expulsas de suas casas, dos seus terreiros, porque
aderiram à nova opção religiosa, são sobejos. Quantas famílias, por exemplo,
evangélicas, e até mesmo católicas, acolheram e continuam a acolher essas
pessoas a fi m de protegê-las. Minha experiência de trabalho de discipulado
atesta esse fenômeno. É preciso afi rmar que a intolerância religiosa não é uma
via de mão única, mas de “mãos múltiplas”. O fenômeno religioso é muito
complexo para transformá-lo em maniqueísmos.
O cristão
tem no livro do Gênesis o fundamento da dignidade da pessoa: a inerência da
imagem de Deus nela. Portanto, o ser humano tem a Imago Dei em seu “DNA”, por isso, o indivíduo não pode ser observado
fragmentadamente, mas em sua forma inteira, segundo a
dimensão de seu corpo, alma e espírito (1Ts 5.23).
Nenhum comentário:
Postar um comentário