EXTRAÍDO DO COMENTÁRIO BEACON.
Ao redor dessa Pessoa real pairavam os
serafins ("seres ardentes"; não devem ser confundidos ou
identificados com querubins, "seres brilhantes").13 Indignos de olhar
para a Deidade, eles cobriram seus rostos e seus pés diante da sua santidade
majestosa.
b) O padrão celestial de serviço (6.3-4).
Além dos seus rostos e pés reverentemente cobertos, as asas e vozes dos
serafins estavam em perfeita prontidão para cumprir a sua missão e cantar em um
antifônico coro sua tríplice expressão de santidade ao Senhor dos Exércitos1.4 O
padrão de serviço deles é de reverência, prontidão e júbilo; e é o que mais
apropriadamente condiz com Aquele cujo "majestoso esplendor enche toda
terra!" (Moffat). Não é de estranhar que os fundamentos dos umbrais das
portas do Templo vibraram enquanto o cântico de santidade ressoava e o Templo
começava a encher-se com a fumaça da Shekinah celestial!
3.
A Visão da Deficiência Humana (6.5)
a)A vileza do "eu" (6.5a).
Somente os santos vêem a Deus e vivem (Êx 33.20; Mt 5.8); assim, torna-se
imperativo àquele que mais tarde vai dizer: "Ai!", para Jerusalém,
primeiro clamar: ai de mim! Qualquer homem na presença do Eterno está
profundamente consciente da sua própria insignificância, mas um homem de lábios
impuros diante de tal Presença só pode repugnar sua pequenez. Bem, por isso,
Isaías só pode exclamar: "Só posso emudecer" (como diz no hebraico),
"indigno de cantar louvores a Deus ou proclamar a mensagem de Deus". Um
homem de lábios impuros não pode dizer sinceramente: "Santo, santo,
santo". Visto que os lábios expressam o que se passa na alma, sua impureza
é uma evidência clara de um coração impuro. Se Isaías fosse viver em nossa
época, ele nos advertiria que o "dom de tagarelice" pode não ser um
dom, mas um perigo. Certamente, um homem desbocado não é um embaixador
apropriado ou um mensageiro de um Deus santo. A carnalidade geralmente se
concentra em uma expressão característica em cada vida. Com Isaías ela violou
seus lábios. Qualquer pessoa impura logo estará arruinada.
b)A vileza da sociedade (6.5b).
Isaías percebeu que as pessoas no meio das quais ele vivia eram um povo de
impuros lábios. Como a doença de uma planta geralmente se torna evidente na
sua florescência, assim qualquer falta no homem é geralmente manifesta em seu
falar (Tg 3.2). Tendo observado a adoração celestial, o profeta estava dolorosamente
consciente dos defeitos na devoção do seu povo. A condição leprosa do seu rei
não era nada em comparação com o próprio falar leproso do povo, com suas
palavras amargas e precipitadas, suas orações formais e insinceras, suas
conversas duras contra a providência divina (Jd 15b). No entanto, mesmo quando
os lábios são impuros, ainda podemos regozijar-nos se nossa visão é capaz de
ver a Deus, porque o Espírito divino pode usar esse portal da alma para operar
uma transformação. Olhos que viram o rei, o SENHOR dos Exércitos, devem
levar o coração a clamar por purificação.
4.
A Brasa da Purificação (6.6-7)
a) Do altar da expiação (6.6). O altar
do qual a brasa foi tirada sugere o sacrifício que acabara de ser consumido pelo fogo do altar. E por trás
do fogo e do óleo está o derramar do sangue com sua expiação pela alma (Lc 17.11).
b)
Para a
purificação da iniqüidade
(6.7). Um dos serafins com uma brasa viva tocou o profeta no local de sua maior necessidade.
O Calvário proveu um Pentecostes para cada crente impuro.
"Perdão e impureza são as condições similares da obra do pro feta e da inteireza
da sua própria vida espiritual".16 O ministrante celestial chamou atenção
aos dois elementos de grande mudança: tua iniqüidade (oscilação)1 7 foi tirada, e purificado (expiado) 18 o teu pecado (mal dade).1 9 Assim, pelo
fogo do amor divino2 º toda a impureza pecaminosa foi queimada da boca e
coração do profeta.
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