RETIRADO DA LBM DIGITAL CPAD.
Por
que a política é vista por muitos com total desconfiança? Por que há tantos
desentendimentos políticos em nossos dias? Por que muitos acham ser um erro o
“crente” entrar na vida política militante? Essas são algumas das perguntas
que, certamente, boa parte de seus alunos fazem. Longe de tentar respondê-las
neste espaço, devido ao limite natural do espaço, podemos pontuar algumas
realidade.
1. Sem
política há barbárie
Se
olharmos para a história, no lugar da política democrática, as coisas eram resolvidas por
meio do “corte de cabeças”. Isso mesmo! No lugar de disputar as questões
políticas no diálogo e debates, o grupo vencedor, ao tomar o poder, como
demonstração de exercê-lo, eliminava seus adversários com espetáculos públicos
macabros. Esses espetáculos perpassam a história até aos dias atuais, pois eles
estão presentes nos acontecimentos recentes: duas guerras mundiais; a revolução
de Cuba, onde os revolucionários eliminaram seus adversários; a ascensão de
Pinochet, no Chile, onde sua política eliminou seus oponentes políticos;
guerras civis na África; na Ásia. Nesse sentido, quando não se tem a prática
política, sobra desordem, convulsões sociais e barbáries.
2. A
política é a arte do equilíbrio de forças
No
lugar de “cabeças rolarem”, ou de uma pessoa autodeclarar-se
“o Estado sou eu”, temos agora três poderes independentes entre si. No lugar
das espadas, dos canhões e das armas modernas, o debate. Uma democracia
imperfeita, sim. Que não ocorre em sua plenitude, certamente. Mas uma
democracia. O que marca a democracia moderna é o império das Leis, é a
legitimação do Estado democrático de direito. O poder hoje não se encontra nas
mãos de uma única pessoa, ou de um grupo único, mas na representação social por
intermédio de instituições democráticas – o poder Executivo, Legislativo e
Judiciário. O processo da Lava-jato em nosso país tem demonstrado isso com
clareza.
3. A
política partidária limita algumas virtudes
Certo
filósofo disse que um intelectual jamais pode entrar para a política
partidária, pois a natureza desta é a luta pelo poder. As virtudes que o
intelectual sério cultiva – “honestidade”, “sinceridade” e “busca pela verdade”
– terão de ser negociadas. Se um intelectual tem essa envergadura de
consciência, imagine o que Deus espera das pessoas que Ele as “vocaciona para o
ministério da Palavra” (Is
56.9-12 cf. 1 Tm
3.1-7)?!
Nenhum comentário:
Postar um comentário