Lição 12: ÉTICA CRISTÃ E POLÍTICA

RETIRADO DA LBM DIGITAL  CPAD.
Por que a política é vista por muitos com total desconfiança? Por que há tantos desentendimentos políticos em nossos dias? Por que muitos acham ser um erro o “crente” entrar na vida política militante? Essas são algumas das perguntas que, certamente, boa parte de seus alunos fazem. Longe de tentar respondê-las neste espaço, devido ao limite natural do espaço, podemos pontuar algumas realidade.
1. Sem política há barbárie
Se olharmos para a história, no lugar da política democrática, as coisas eram resolvidas por meio do “corte de cabeças”. Isso mesmo! No lugar de disputar as questões políticas no diálogo e debates, o grupo vencedor, ao tomar o poder, como demonstração de exercê-lo, eliminava seus adversários com espetáculos públicos macabros. Esses espetáculos perpassam a história até aos dias atuais, pois eles estão presentes nos acontecimentos recentes: duas guerras mundiais; a revolução de Cuba, onde os revolucionários eliminaram seus adversários; a ascensão de Pinochet, no Chile, onde sua política eliminou seus oponentes políticos; guerras civis na África; na Ásia. Nesse sentido, quando não se tem a prática política, sobra desordem, convulsões sociais e barbáries.
2. A política é a arte do equilíbrio de forças
No lugar de “cabeças rolarem”, ou de uma pessoa autodeclarar-se “o Estado sou eu”, temos agora três poderes independentes entre si. No lugar das espadas, dos canhões e das armas modernas, o debate. Uma democracia imperfeita, sim. Que não ocorre em sua plenitude, certamente. Mas uma democracia. O que marca a democracia moderna é o império das Leis, é a legitimação do Estado democrático de direito. O poder hoje não se encontra nas mãos de uma única pessoa, ou de um grupo único, mas na representação social por intermédio de instituições democráticas – o poder Executivo, Legislativo e Judiciário. O processo da Lava-jato em nosso país tem demonstrado isso com clareza.
3. A política partidária limita algumas virtudes
Certo filósofo disse que um intelectual jamais pode entrar para a política partidária, pois a natureza desta é a luta pelo poder. As virtudes que o intelectual sério cultiva – “honestidade”, “sinceridade” e “busca pela verdade” – terão de ser negociadas. Se um intelectual tem essa envergadura de consciência, imagine o que Deus espera das pessoas que Ele as “vocaciona para o ministério da Palavra” (Is 56.9-12 cf. 1 Tm 3.1-7)?!


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