Ao longo dos Evangelhos, nosso Senhor nos ensina, a
partir de seu exemplo, como tratar pessoas que tinham algum desvio moral grave.
Em nenhum momento nosso Senhor chegou a detratá-las, condenando-as
sumariamente. Embora o mestre de Nazaré jamais tenha corroborado com os pecados
dessas pessoas, pois muitas vezes ele afirmava “não peques mais”, Jesus as
tratavas com muita benevolência, humanidade e bondade. Isso é ser benigno!
Sobre a benignidade
O termo benignidade remonta a ideia de generosidade,
isto é, uma sensibilidade emocional e espiritual para com os outros. É a ideia
de discernir o limite de carga de cada pessoa, ajudá-la a aliviá-la. Esse é o
sentido de benignidade em Gálatas 5.22. Quantas pessoas que nos deparamos estão
com uma carga pesadíssima em suas vidas?! Às vezes, com o histórico de erros
cometidos no passado, cuja última coisa que elas precisam é de um tratamento
desrespeitoso e sem misericórdia. Por isso devemos ser generosos em anunciar o
Evangelho ao pecador, com ternura, compaixão e muito respeito, fazendo tudo no
“espírito” do Evangelho.
Sobre a porfia
Diferentemente da benignidade, porfiar é discutir,
disputar, polemizar, demonstrar superioridade ao outro. Não por acaso, a porfia
está fundamentada no orgulho e na inveja. É uma obra eminentemente da nossa
velha natureza. Por isso, o único antídoto para não cair na cilada da porfia é
firmar um compromisso verdadeiro de imitar a Cristo em tudo. Ora, se olharmos
para o Evangelho de nosso Senhor, constatamos que Jesus Cristo sempre evitou a
discussão, a disputa, a polêmica, o que não significava ensinar sem convicção e
autoridade. Pelo contrário, o exemplo de Jesus era tão retumbante que era
impossível as pessoas não se sensibilizarem pela sua benignidade.
Num tempo onde as pessoas não têm muita paciência com
as outras, desejam por qualquer motivo sobrepor a opinião das outras pessoas, é
importantíssimo olhar para o Evangelho de Jesus, compreendê-lo e aplicá-lo na
vida. Os filhos da Igreja precisam ser amados e bem cuidados para glória de
Deus. As pessoas que abordamos nas ruas para falarmos do amor de Deus precisam
estar em contato direto com esse fruto do Espírito manifestado em nossa vida.
Deus abençoe!
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